Innovations: o ‘play’ na capacitação tecnológica dos funcionários

Destaques da categoria Desenvolvimento do Prêmio Innovations 2023 mostram que a capacitação tecnológica traz economia e ganho na produtividade de 64% das empresas

De origem grega, o termo “tecnologia” une as palavras “tekne” (técnica) e “logos” (saber) e define o conjunto de conhecimentos que atendem às necessidades humanas. No cenário atual, novas tecnologias surgem todos os dias, oferecendo ao mundo do trabalho uma caixa de ferramentas incrível, mas também desafiadora. Está aí a Inteligência Artificial (IA) para provar. Quem sabe fazer bom uso desses instrumentos nada de braçada: o desenvolvimento de novas práticas de capacitação, treinamento e educação com tecnologia aumentam o engajamento e, por consequência, o desempenho de quem participa. É o que se vê em empresas como Raízen, Vivo, IBM e FMC.

Os bons resultados são claros na pesquisa Educação Tech & Eficiência Operacional das Empresas, produzida pela escola de tech Alura, em parceria com a Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap). Segundo o estudo, 64% das empresas que apostam nessa abordagem para aumentar os índices de participação nos cursos e trilhas internos registram crescimento na performance e na produtividade.

Também segundo o estudo, 42% das companhias já aderiram à capacitação tech. Entre elas, estão destaques do Prêmio Think Work Flash Innovations 2023, na categoria Desenvolvimento, que citamos no início do texto. Saiba mais a seguir.

Da Agroflix aos instrutubers

Para conquistar a atenção e, algo ainda mais difícil, a concentração de um público-alvo majoritariamente jovem, a Vivo desafiou seus mais de 30 mil funcionários próprios com uma missão: tornar os conteúdos produzidos atrativos para os millenials. Assim, fez de seus instrutores verdadeiros influencers internos. Rebatizados de instrutubers, eles atraem os trabalhadores para os programas na plataforma digital da empresa. 

O objetivo inicial era produzir chamadas curtas para divulgar os treinamentos. A missão foi concluída com sucesso – ponto para a abordagem. A linguagem informal, os conteúdos breves – que podem ser reproduzidos a qualquer hora e lugar – e o compartilhamento de experiências é a junção de tudo o que profissionais conectados poderiam querer.  

O mesmo impulso de atrair e conectar pessoas deu origem à iniciativa que levou a FMC, empresa de ciências para a agricultura, a criar a dois canais junto às suas áreas de RH e TI: o Learning Lab, direcionado aos funcionários em geral, e o Leadership Hub, específico para a formação de líderes. Ambos têm linguagens específicas estabelecidas por meio de uma persona detentora de mais de 60 vozes. 

A jornada de aprendizagem começa com episódios curtos. Entre seis e oito vídeos de até 10 minutos são distribuídos on demand, em formato similar ao da Netflix, a maior empresa de streaming global. “Invertemos a lógica do desenvolvimento, adequando o treinamento à agenda dos trabalhadores, e não à do instrutor”, explicou o gerente de gestão de talentos da FMC para a América Latina, Patrick Schneider, em texto incluído na nossa Biblioteca de Cases.

Foco na experiência do usuário

Outra ferramenta que também oferece uma experiência focada no usuário e em objetivos individuais é a da multinacional de tecnologia IBM. A Your Learning foi criada para facilitar o trabalho da área de gestão de pessoas e das lideranças, também a partir do treinamento sob demanda. O público é quem indica seus interesses de carreira.

O poder de escolha e de preferências também envolve o projeto Líder LAB (Liderança e Aprendizagem sem Barreiras), da Raízen, empresa integrada de energia. Nele, os funcionários selecionam o que desejam aprender e, mais importante, se querem aprender.

A gigante do setor energético também se abriu a novos formatos de aprendizagem para investir na formação e fisgar a atenção do público. Para isso, utilizou a metodologia Octalysis de gamificação com foco em pessoas, que estimula tanto o aprendizado coletivo quanto o individual.

Resultados: os acertos

Dentre os funcionários da Raízen, 86% foram promovidos à liderança nos seis meses seguintes à implementação do projeto. O alto índice de satisfação também chama atenção: 9,6 de uma escala de 10. 

Ainda sob esta perspectiva, o sucesso foi alcançado nas missões das outras companhias. Houve aumento na procura dos vídeos da Vivo, e o número de instrutores dobrou: agora são 18 funcionários com cerca de 30 conteúdos produzidos por mês. Altos níveis de participação e engajamento também foram registrados pela IBM. Nos últimos três anos, a empresa teve cerca de 26,5 milhões de horas de treinamentos assistidas pelos profissionais. 

Já no campo do agro, dados revelam uma adesão de 85% dos profissionais à iniciativa da FMC. Um ponto importante é que o aumento no tempo de capacitação não impactou a produtividade e rotina diária das equipes. Além disso, com o treinamento e desenvolvimento, a companhia economizou uma quantia anual estimada em 900 mil reais. 

Para conhecer todas as iniciativas premiadas do Think Work Flah Innovations 2023, clique aqui.

Comentários Innovations: o ‘play’ na capacitação tecnológica dos funcionários

  1. Mário Olavo disse:

    Muito boa a matéria, bem explicativa e com uma riqueza de detalhes!

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