Empresas começam a substituir trabalhadores pelo ChatGPT

Empresas já utilizam o ChatGPT para funções como escrever códigos, criar conteúdo, atender consumidores e produzir atas e outros documentos 

Desde que foi lançado, em novembro do ano passado, o ChatGPT tem dado o que falar. Dos ambientes acadêmicos até o mercado de trabalho, há muitas discussões envolvendo a inteligência artificial: o conteúdo é confiável? Pode ser considerado plágio? Ele é capaz de substituir alguns trabalhos feitos por humanos?

São muitas as dúvidas, a maioria delas ainda sem respostas concretas. Mas, em um novo capítulo de seu uso, o ChatGPT já passou a ser utilizado para substituir trabalhadores em algumas empresas.

A descoberta é de uma pesquisa feita pela plataforma Resumebuilder.com, com mil lideranças de negócios que já usam ou pretendem usar o ChatGPT. Segundo o estudo, quase metade das companhias já implementaram a tecnologia e, entre elas, metade diz que a ferramenta já substituiu trabalhadores. 

O ChatGPT é um robô virtual (conhecido como chatbot) que é capaz de criar peças escritas sofisticadas, como letras de música e redações. Ele já foi usado até para fazer exames de faculdades e conselhos profissionais nos Estados Unidos e foi aprovado em todos eles. 

As áreas em que as empresas entrevistadas utilizam o ChatGPT vão em consonância com o que os especialistas já previam: 66% usam para escrever códigos, 58% para criação de conteúdo, 57% para atendimento ao consumidor e 52% para atas de reunião e outros documentos. 

Já na gestão de pessoas, a ferramenta tem sido utilizada por 77% das companhias para ajudar a escrever anúncios de vagas, 66% para escrever rascunhos para a entrevista e 65% para responder às aplicações. 

O mesmo vale para o outro lado da negociação de emprego: no início de fevereiro, uma matéria publicada pela Think Work mostrou que pessoas procurando emprego estão utilizando a ferramenta para escrever suas cartas de apresentação

Aqui no Brasil, já temos alguns exemplos de empresas que empregaram o ChatGPT. O site Curto News é um deles. A companhia anunciou neste mês que começou a publicar textos produzidos pela inteligência artificial, a partir de temas definidos pela equipe. “Com uma curadoria jornalística, vamos revisar o que é apresentado pelo ChatGPT e apontar onde a IA não acertou em suas considerações”,  diz o anúncio. 

Segundo a pesquisa, os líderes de negócio parecem satisfeitos com a qualidade do trabalho desempenhado pelo ChatGPT, com 55% deles dizendo que a entrega é ‘excelente’ e 34% afirmando ser ‘muito boa’. 

No entanto, é preciso atenção e cautela com a prática. O próprio CEO da OpenAI, empresa criadora do ChatGPT, já havia alertado que a ferramenta está em construção, então a qualidade do que é produzido ainda está longe de ser a ideal.  

“O ChatGPT é incrivelmente limitado, mas é bom o suficiente em algumas coisas para criar uma impressão enganosa de grandiosidade. É um erro se apoiar nele para qualquer coisa importante agora. É uma prévia de progresso; nós temos muito trabalho para fazer em relação à robustez e à veracidade”, escreveu em sua conta no Twitter

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