Funcionários trabalham em média duas horas e meia em dias de folga

Segundo uma pesquisa realizada no Reino Unido, 25% dos profissionais trabalham entre três e quatro horas durante seus recessos

Você costuma trabalhar em dias de folga, como feriados, finais de semana ou férias? Se a resposta for sim, você não está sozinho. Segundo um estudo realizado pela Forbes Advisor, um quarto dos funcionários do Reino Unido trabalham entre três e quatro horas em dias de folga. Em média, são duas horas e meia de trabalho em finais de semana, feriados e recessos.

A pesquisa, que entrevistou mais de 2 mil pessoas, revelou que quase metade dos trabalhadores interrompe suas pausas para responder a mensagens ou e-mails de trabalho. O segundo maior motivo foram as reuniões fora do expediente, com 15% das respostas. 

Outro achado destacado pelos autores do relatório foi que quase 25% dos profissionais levam seu telefone ou computador de trabalho nas férias, caso tenham que trabalhar enquanto viajam.

Para Kevin Pratt, especialista em negócios da Forbes Advisor, a própria virada do ano pode fazer com que muitos façam resoluções no sentido de melhorar seu equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. 

“Mesmo se ignorarmos os extremos daqueles que trabalham quase meio dia extra enquanto estão de folga, algumas horas ainda podem ser suficientes para privar alguém do estado de relaxamento que qualquer pessoa deveria desfrutar enquanto está longe do trabalho”, diz Kevin.

O estudo também revela que metade dos funcionários concorda que fazer qualquer tipo de trabalho enquanto está de folga significa que eles não conseguem aproveitar suas férias plenamente. 

O trabalho da Forbes Advisor não é a única a apontar os efeitos negativos das horas extras excessivas. Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), o excesso de trabalho pode causar problemas de saúde física e mental, como estresse, ansiedade, depressão, insônia, dores musculares, gastrite, hipertensão e até infarto.

No Brasil, uma pesquisa da seguradora Maxis Gbn mostrou que os trabalhadores cumprem, em média, 18 horas extras de trabalho por mês.

Segundo Ricardo Barbosa, psicólogo e consultor organizacional, as empresas que exigem ou incentivam seus funcionários a trabalharem além do horário normal estão prejudicando a produtividade, a criatividade e a motivação de suas equipes. 

Para ele, “o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal é um tema estratégico para as companhias que querem ter sucesso no mundo atual. Não se trata de uma questão de quantidade, mas de qualidade. As organizações que entenderem isso e agirem de forma ética e humana vão se beneficiar dos resultados positivos em pontos como employer branding, retenção de talentos, entre outras”.

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