‘Fim de semana de três dias’ também melhora a frequência dos alunos e o relacionamento com o ambiente de estudo

A educação pública dos Estados Unidos (EUA) enfrenta transformações frente à escassez de professores. Como alternativa ao problema, a semana escolar de quatro dias está sendo implementada em várias partes do país, sobretudo nas áreas rurais.

Cerca de 900 distritos já têm uma semana de aula mais curta – ou 7% do total. A medida funciona como uma espécie de incentivo aos educadores, que são atraídos pela folga do “final de semana de três dias”.

Semana de quatro dias se espalha

Os defensores da semana mais curta argumentam que o horário reduzido, além de ajudar a recrutar novos professores, aumenta a frequência dos alunos e economiza dinheiro. Com isso, as escolas conseguem manter o nível das despesas em caso de escassez de receita. Mesmo pequenas economias são significativas, porque permitem manter profissionais ou mesmo investir em outros recursos educacionais.

No fim de 2021, a Fundação Robert Wood Johnson solicitou um estudo aprofundado à RAND Corporation, instituição de pesquisa de política global sem fins lucrativos. Para a entrevista, participaram mais de 1.300 pais e 6.500 alunos do ensino fundamental e médio em mais de 36 distritos, como Idaho, Novo México e Oklahoma. Dados administrativos do Colorado, Missouri e Dakota do Sul também foram contabilizados.

Os alunos, o que já era de se esperar, aprovaram o sistema massivamente: 85% se disseram a favor. O que talvez surpreenda é o apoio ainda maior dos pais: 89% disseram estar satisfeitos com o cronograma reduzido.

Entre prós e contras, a ideia decolou nos últimos anos. Devido ao crescimento acelerado da semana de quatro dias, as redes de educação devem alinhar os objetivos ao contexto local para decidir sobre a futura implementação.

Mas um fim de semana de três dias pode cair muito bem para alunos e professores, além de equilibrar a receita e dar “folga” às próprias instituições.