A Bluy nasce como uma spin-off da Cia. de Estágios. HR Tech foi idealizada para auxiliar no recrutamento e seleção desde o estagiário até cargos mais altos
A Companhia de Estágios lançou a sua própria HR Tech, a Bluy, que tem a estimativa de criar três mil vagas de emprego em 2023. A novidade, que opera no modelo SaaS (software como serviço), nasceu como uma spin-off para recrutamento de qualquer tipo de vaga, desde estágios até cargos mais altos.
Com experiência em atender grandes marcas em seus processos seletivos para estagiários, trainees e jovens aprendizes, a Companhia de Estágios já tinha um sistema interno para divulgar suas vagas, mas decidiu transformá-lo em um produto. Para tornar o plano realidade foi preciso investir 4 milhões de reais e montar uma equipe com 14 pessoas.
A startup vai atuar de forma independente: enquanto a Cia. de Estágios foca em serviços de consultoria, a Bluy ajuda o contratante a iniciar o seu processo seletivo, já contando com a base de clientes da empresa-mãe.
A proposta é oferecer ao cliente uma plataforma em que as vagas podem ser criadas em até 3 minutos. O sistema possui cerca de 40 filtros, permitindo ao contratante buscar candidatos pelas habilidades, pretensão salarial e até modelo de trabalho pretendido.
Também há como optar por um processo seletivo com redução de vieses inconscientes, como o currículo oculto, no qual o foco fica no perfil comportamental e não nas características físicas do candidato.
Projeto no metaverso
Não é de hoje que a Cia de Estágios busca inovar no recrutamento digital. No início de 2022, a empresa criou um projeto piloto de entrevistas de estágio no metaverso. Em parceria com a fabricante de caminhões e ônibus Scania, o projeto foca na criação de experiências mais interessantes para quem disputa uma vaga.
Cada participante pode criar um avatar que simula suas características físicas e escolher peças de roupa e acessórios (brincos, piercings e etc.). Toda interação com o recrutador, que também será representado por um avatar, acontece pelo metaverso.
Para Tiago Mavichian, CEO e fundador da Companhia de Estágios, mesmo com o fim da pandemia, grande parte dos processos seletivos seguirão sendo conduzidos de forma remota. “Para manter os candidatos engajados, será preciso evoluir para além das entrevistas no Zoom”, afirma.
“Outro motivo que nos levou a apostar no metaverso é a ascensão da geração Z. Eles já são 25% da força de trabalho global e estarão em peso nesse ambiente virtual”, diz ele.
Participaram do programa 30 universitários, de áreas como comunicação, administração e engenharia.
