RH e funcionários não vêem empatia em CEOs, diz pesquisa

Relatório da Business Solver aponta que níveis de empatia de profissionais e RH com os CEOs caíram para os números mais baixos desde 2017

Um relatório anual feito pela Businessolver, empresa de tecnologia e serviços de benefícios de RH, aponta que os níveis de empatia sentidos por profissionais e RH a partir dos CEOs caíram para os números mais baixos desde 2017. 

Em particular, os dados dos profissionais da gestão de pessoas tiveram quedas de dois dígitos na empatia, com uma lacuna de 24 pontos entre a forma como o RH e os CEOs vêem a empatia um no outro.

“Alarmante. Essa é a palavra para os dados deste ano, especialmente no que se refere às percepções de empatia do RH e aos desafios de saúde mental. No ano passado, as rachaduras começaram a aparecer. Este ano, uma grande divisão surgiu em mais de uma maneira. Embora prevíamos um declínio na empatia devido a fatores como inflação e políticas de retorno ao escritório, não prevíamos tantas duplas oscilações de dígitos nos dados, nem a gravidade das percepções diminuídas do RH”, disse Jon Shanahan, CEO e fundador da Businessolver, em um comunicado à imprensa

68% dos profissionais de RH veem seu CEO como empático, uma queda de 16 pontos em relação a 2022, nível mais baixo já relatado. No entanto, 92% dos CEOs vêem seus profissionais de RH como empáticos, um salto de 27 pontos em relação a 2022. 68% dos profissionais da gestão de pessoas vêem sua organização como empática, uma queda de 23 pontos desde 2022.

Outro ponto investigado pelo relatório é em relação à saúde mental. Os desafios dessa área se tornaram mais frequentes: cerca de 51% dos funcionários e 61% dos profissionais de RH relataram que tiveram um problema de saúde mental no ano passado. No caso da gestão de pessoas, houve um aumento de 9 pontos em relação a 2022.

Uma possível solução apontada pela pesquisa é a flexibilidade de trabalho. Entre a lista de benefícios mais empáticos que um empregador pode oferecer, o horário de trabalho flexível ocupa o primeiro lugar, seguido pelo local de trabalho flexível. Cerca de 76% dos trabalhadores em home office vêem a sua organização como empática, em comparação com 62% dos trabalhadores não remotos.

“No final, as lacunas nas percepções reveladas pelas descobertas deste ano devem ser um alerta para os líderes compararem suas realidades com as realidades do local de trabalho de seus funcionários, pois os dados mostram muito mais desconexão do que alinhamento. Mas a liderança sozinha não é responsável ​​por fechar a lacuna da empatia. Todos têm a responsabilidade de serem administradores da empatia”, declarou Shanahan.

A pesquisa ouviu mais de 3 mil profissionais de RH, funcionários e CEOs.

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