3 setores que mais inovam na gestão de pessoas

Entre os projetos inscritos no prêmio Think Work Innovations 2024, 38% pertenciam à empresas de TI & telecom, serviços financeiros e bancos, e de saúde 

A gestão de pessoas está se transformando rapidamente, impulsionada pela criatividade e inovação das empresas que sabem que o sucesso começa com seus colaboradores. E o prêmio Think Work Innovations é o palco onde essas iniciativas brilham.

Em sua edição mais recente, a premiação destacou o poder do pioneirismo com números impressionantes: 123 organizações participantes, 291 ações inscritas e 127 certificadas como inovadoras. 

Mas quais setores estão despontando nessa revolução? 

TI & Telecom

Empresas de TI & Telecom lideram com 18% das iniciativas inscritas, reflexo do ambiente altamente competitivo e acelerado em que operam. 

A constante busca por talentos em tecnologia, combinada com a demanda por flexibilidade e modelos de trabalho mais modernos, força as instituições a criarem práticas inovadoras para atrair, reter e desenvolver profissionais.

Nesta categoria, um dos projetos que concorreu foi o Potencializadores YouX. Com base na metodologia 70/20/10, o programa lançado pela YouX combina aprendizado prático, interações e treinamentos formais para suprir a necessidade de capacitações técnicas específicas de seus funcionários. 

Com ele, um grupo de especialistas internos atua como facilitadores, identificando carências e promovendo qualificações por meio de ferramentas como o YouXpertise (discussões de negócios), trilhas de desenvolvimento, guildas e capacitações externas.

Já foram criadas duas trilhas de onboarding e oito de desenvolvimento, totalizando mais de 95 horas de conteúdo. Além de aprimorar o conhecimento técnico, o projeto fortalece a colaboração e integração entre equipes, promovendo uma cultura de troca de saberes.

Serviços financeiros e bancos

Os bancos e companhias que oferecem serviços financeiros, como seguradoras e cooperativas de crédito, representam 10% das inscrições. 

A chegada das fintechs e o impacto da digitalização podem ter incentivado esse setor, tradicionalmente bastante conservador, a repensar suas práticas, buscando não só eficiência, mas também um espaço que valorize o bem-estar e o desenvolvimento humano. Isso explica por que tantas iniciativas nesta área focam em cultura organizacional e na criação de ambientes mais inclusivos e tecnológicos.

Uma delas foi desenvolvida pela Alelo. Chamada de Cultura ECOA, a ação foi construída para evoluir os pilares da sua cultura, alinhando-os ao novo propósito institucional: “o essencial da vida é para todos”. 

O projeto envolveu líderes e colaboradores em um processo de escuta ativa e passou por etapas como diagnóstico, planejamento, engajamento e acompanhamento. 

A medida gerou ações como um novo modelo de avaliação de desempenho e revisão de reconhecimentos. O impacto foi refletido no assessment Denison, com 96 pontos em “cultura claramente definida” e 82 em “propósito que dá significado ao trabalho”.

Saúde

O setor de saúde também registrou 10% das iniciativas, o que pode ser atribuído à pressão enfrentada durante e após a pandemia. 

Em muitos sentidos, a covid-19 colocou o mercado de saúde no limite, e isso pode ter evidenciado a necessidade de criar estratégias para cuidar dos profissionais da área, garantindo não só a retenção, mas também o cuidado com o físico e o emocional. Isso gerou uma onda de inovações em áreas como saúde mental e qualidade de vida no trabalho.

Como exemplo, podemos citar o Programa Líder Conectado, do Grupo Sabin. Sua proposta é fortalecer as relações entre líderes e liderados, promovendo confiança, empatia e humanização. 

Foi baseado em uma cartilha que orienta líderes a conduzirem dinâmicas sobre temas como conexão, propósito, celebração e agradecimento, garantindo que as atividades sejam inclusivas e acolhedoras. 

Com dados e feedbacks de pesquisas organizacionais, a ação capacitou 100% da liderança e impactou mais de 6 mil colaboradores em todas as áreas da empresa. Também reforçou a comunicação e a compreensão mútua, promovendo uma cultura de colaboração e respeito.

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