Uma pesquisa da The Conference Board apontou que a prioridade para os CEOs da América Latina é fazer a manutenção do o home office e otimizar o trabalho híbrido
Uma pesquisa feita pela The Conference Board mostrou que, embora haja algumas companhias anunciando a volta aos escritórios este ano, a tendência global é a manutenção do home office, ao menos para aquelas funções em que ele é possível.
A tendência apontada pela pesquisa é a de equilíbrio: apenas 5% dos CEOs nos Estados Unidos e na Europa estão planejando expandir suas políticas de home office, mas apenas 4% preveem reduzi-las.
As mudanças mais importantes estão relacionadas à melhoria do trabalho remoto. Otimizar a performance do trabalho híbrido é a nona prioridade global dos CEOs para a gestão de pessoas. Em mercados como o dos EUA e da Europa, o item aparece em oitavo e sexto lugar, respectivamente.
O destaque fica com a América Latina, a única região cuja prioridade número um dos CEOs para a gestão de pessoas é otimizar a performance do trabalho híbrido, seguida por construir uma força de trabalho resiliente para os desafios futuros e fortalecer a cultura organizacional para a retenção de talentos.
A preocupação em expandir o trabalho remoto na América Latina aparece em sétimo lugar nas prioridades.
“A flexibilidade é um dos maiores pedidos dos atuais e futuros funcionários e é uma das melhores formas de melhorar a saúde mental no trabalho, o engajamento e os níveis de retenção”, diz o estudo.
A exigência da possibilidade de trabalhar remotamente e ter mais flexibilidade, por parte dos funcionários, ganhou ainda mais destaque nas últimas semanas, após a Amazon anunciar que irá acabar com a sua política de home office integral. Antes, a empresa tinha permitido que cada liderança escolhesse o melhor modelo para os seus times.
Após o anúncio, funcionários da organização se mobilizaram contra a decisão e pediram, inclusive, que o CEO Andy Jassy e a sua equipe renunciem. Os profissionais criaram um canal no Slack e uma petição contra a decisão, que já foi assinada por mais de 5 mil pessoas.
O estudo da The Conference Board também chama a atenção para o fato de que a flexibilidade permite uma maior diversidade de talentos.
“Nossa pesquisa nos diz que uma abordagem flexível permite a expansão dos talentos, já que mulheres e outras pessoas de grupos minorizados selecionam a flexibilidade como uma condição para o trabalho muito mais do que outras pessoas”, continua.
A pesquisa entrevistou 1.131 executivos do C-level, incluindo 670 CEOs ao redor do mundo, entre novembro e dezembro de 2022.
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