Rotatividade de CHROs diminui nos Estados Unidos, aponta pesquisa

De um índice de 28% registrado em 2020, a taxa de rotatividade de CHROs caiu para 11%. Especialistas atribuem o fato a recuperação da economia pós-pandemia

Os líderes de recursos humanos das grandes empresas estão durando mais tempo em seus cargos e trocando menos de emprego do que há alguns anos, segundo um relatório da consultoria Spencer Stuart. A pesquisa analisou os dados de 2023 dos CHROs das 500 maiores empresas da revista Fortune e constatou que eles têm uma permanência média de cerca de 4,5 anos, com uma taxa de rotatividade de cerca de 6% a cada seis meses.

Esse resultado é melhor do que o registrado em 2020, quando a rotatividade destes executivos atingiu um recorde de 28%, e agora está em torno de 11% ao ano. 

Steve Patscot, gestor de recursos humanos da Spencer Stuart, atribui a melhora à recuperação da economia após a crise da covid-19 e à valorização da função de RH após o assassinato de George Floyd, que nos Estados Unidos desencadeou uma onda de protestos antirracistas e demandas por diversidade e inclusão nas organizações.

“O estresse encontra as rachaduras. Eu acho que o estresse da covid rachou muitas pessoas do RH”, disse ele, acrescentando que os CEOs também foram rápidos em mudar seus CHROs naquele período. 

A permanência e a rotatividade dos CHROs em 2023 estão de acordo com a média geral para os executivos do c-level, que é de cerca de 4,6 anos. Os CFOs (Chief Financial Officers) também ficam em torno de 4,5 anos, enquanto os CIOs (Chief Information Officers) ficam em média 4,7 anos, e os CMOs (Chief Marketing Officers) ficam 4,2 anos.

Um fato interessante descoberto pelo estudo é que as empresas estão mais tendenciosas a preencher esses cargos com funcionários da própria empresa. 

Das 55 novas contratações de líderes de gestão de pessoas nas empresas da Fortune 500 em 2023, 18 foram externas e 37 foram promoções internas. Isso é uma grande diferença de 2020, quando muitas companhias contrataram externamente para adquirir mais talentos diversos.

Apesar da menor rotatividade recente, Steve espera que ela aumente novamente em alguns anos, já que líderes do c-level são normalmente mais velhos e muitos estão próximos da aposentadoria. “É esperado que mais CEOs se aposentem nos próximos anos, à medida que a economia retorna ao normal. E muitas vezes, a permanência deles está intimamente ligada à dos CHROs”, diz ele.

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