Upskilling é chave para retenção de talentos, aponta pesquisa

Estudo mostra que em 68% dos casos, a empresa não terá problemas de retenção se oferecer mais oportunidades de upskilling

Apesar dos desafios dos últimos meses, como os problemas econômicos das empresas e as demissões em massa, uma pesquisa feita pelo Instituto de Carreiras da Universidade de Phoenix apontou que 80% dos trabalhadores norte-americanos estão esperançosos com o futuro de suas carreiras. Foram entrevistados 5 mil profissionais. 

O problema para os empregadores é que essa esperança tem pouco a ver com eles, mas está diretamente relacionada ao senso de eficiência pessoal desses funcionários. Esse sentimento pode motivá-los a procurar um novo emprego. 

Segundo o estudo, 53% dos entrevistados estão ativamente buscando um novo trabalho ou esperam o fazer nos próximos seis meses. Já 46% das pessoas estão dispostas a deixar o seu emprego atual caso a empresa ofereça a eles um pacote de gratificação de três meses de salário. 

No entanto, nem tudo está perdido. A pesquisa também mostra que há caminhos para os empregadores driblarem esses obstáculos e fortalecerem a retenção de talentos. O principal deles está em fornecer oportunidades de treinamento e desenvolvimento de carreira para os trabalhadores.

Entre as pessoas que pretendem pedir demissão, 68% disseram estar mais propensas a ficar na organização caso ela tenha mais ações de upskilling, ou seja, se ela propiciar que os trabalhadores desenvolvam habilidades em suas áreas de atuação. 

O estudo mostra que também há espaço para o reskilling (o desenvolvimento de competências em áreas diferentes): 70% dos entrevistados cogitariam se manter no emprego se a empresa oferecesse mais oportunidades para praticar novas habilidades. 

A realidade desses empregados, porém, ainda está distante do que eles desejam. 37% dos trabalhadores não têm acesso a oportunidades para desenvolver o que eles precisam para avançar em suas carreiras. Enquanto isso, 40% não conseguem traçar um caminho claro para crescerem profissionalmente, ou seja, não possuem um plano de carreira definido.

Outro ponto levantado pela pesquisa é a importância da mentoria. Para 54%, a maior necessidade que eles têm em relação à rede de contatos é de que a empresa os ajude a encontrar mentores. Entre os entrevistados, 19% acreditam que a falta de mentoria os impede de avançar na carreira. Enquanto isso, a realidade é de que 59% dos norte-americanos não possuem alguém para mentorá-los. 

“Com uma economia instável, a retenção de talentos se tornou crítica — especialmente os melhores — e os empregadores estão buscando soluções para além dos benefícios de escritório e happy hours. Os trabalhadores querem oportunidades de mentoria, investimento em novas oportunidades e progressão de carreira. Se eles não conseguirem essas oportunidades com seus empregadores atuais, eles irão, facilmente, embora”, declarou em nota à imprensa John Woods, chefe acadêmico da Universidade de Phoenix.

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