Cães robôs, armas que disparam GPS e dispositivo semelhante ao da saga Star Wars são as novidades do prefeito para o combate ao crime
O prefeito de Nova York, Eric Adams, anunciou nesta semana que o departamento de polícia da cidade, a NYPD, vai voltar a investir em tecnologia robótica para ajudar no combate ao crime.
Para isso, o departamento comprou dois “digidogs”, cães robôs para serem usados em situações de alto risco, como, por exemplo, ameaças de bomba. Eles são controlados remotamente e, no geral, são utilizados para inspeção de infraestruturas na construção civil.
Esse tipo de tecnologia já havia sido usado pela cidade em 2021, mas foi abandonado diante da reação de lideranças progressistas e de outros grupos. Após o anúncio de sua retomada nesta terça-feira, a oposição de Nova York voltou a manifestar a sua preocupação com a militarização excessiva da polícia.
Segundo a NYPD, os “digidogs” custaram cerca de 750 mil dólares cada.
Outra novidade da polícia é o uso do robô K5, de um metro e meio de altura, que se assemelha a um R2-D2, da saga Star Wars. De acordo com a NYPD, esse robô irá auxiliar os policiais na vigilância das estações de metrô na Times Square. Para isso, ele começará a ser testado nos próximos meses, inicialmente, acompanhado por um policial.
Essa tecnologia se movimenta de forma autônoma e possui microfone, câmera de vídeo, alto-falante e detectores térmicos. Embora tenha o recurso de filmagem, a NYPD garantiu que o reconhecimento facial não será utilizado.
Cada robô K5, segundo fontes da prefeitura, foi alugado por um contrato de sete meses, a um custo de 12.250 mil dólares.
Por fim, a NYPD também anunciou o uso de armas que atiram localizadores com GPS para que a polícia consiga mapear e encontrar veículos em fuga.
“Nós rodamos o mundo para encontrar a tecnologia que vai garantir que a nossa cidade seja segura para os nova iorquinos, para os visitantes e para todos que estiverem aqui. Esse é só o começo”, declarou o prefeito durante o anúncio.
As novidades têm dividido opiniões e feito com que, não só a oposição, mas outros membros da sociedade civil manifestem as suas preocupações com o uso exacerbado da tecnologia como técnica de vigilância.
O diretor executivo do Surveillance Technology Oversight Project, Albert Fox Cahn, declarou, em um posicionamento, ser contra as medidas. “A NYPD está transformando uma má ficção científica em uma polícia terrível”.
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