Número de trabalhadores com burnout diminui, mas permanece alto

Segundo uma pesquisa feita pela consultoria Eagle Hill, as maiores causas do burnout entre trabalhadores são a carga de trabalho excessiva e as equipes reduzidas 

O número de trabalhadores com burnout têm diminuído, mas ainda permanece alto, segundo uma pesquisa feita pela consultoria Eagle Hill. O índice atual é de 46%, contra 49% em agosto de 2022 e 58% em agosto de 2020. 

Embora também tenham seus índices reduzidos, jovens trabalhadores e mulheres seguem sendo os mais afetados pela síndrome, com 51% e 48%, respectivamente. 

Entre as causas do burnout estão:

  • 53%: o volume de carga de trabalho
  • 44%: as equipes reduzidas 
  • 41%: a dificuldade em equilibrar vida pessoal e profissional
  • 39%: a falta de comunicação e apoio
  • 38%: a pressão do time 

“Embora o estresse relacionado ao trabalho esteja diminuindo, os empregadores não devem ser complacentes na hora de resolver os problemas do burnout. Ainda, quase metade da força de trabalho está reportando sinais da síndrome e esse nível é muito alto para as organizações que procuram ótimas performances e retenção de talentos“, disse em um release à imprensa a presidente e CEO da consultoria Eagle Hill, Melissa Jezior. Segundo ela, quando os funcionários estão cansados e estressados, é esperado que eles performem abaixo do esperado ou procurem por outro emprego.

Um ponto importante apontado pela pesquisa é que parte dos motivadores do burnout podem estar relacionados às recentes demissões em massa, uma vez que os principais motivadores têm a ver com o nível de trabalho e a falta de trabalhadores. 

Os entrevistados também responderam como essa carência de funcionários está impactando a sua carga de trabalho. 82% disseram que eles estão cobrindo postos não preenchidos, 37% afirmaram estar ajudando outros a aprender o seu trabalho, 39% estão treinando novos funcionários e 28% estão recrutando e entrevistando candidatos. 

Para Melissa, os empregadores devem reconhecer que a recente onda de demissões em massa pode ser um gatilho para o aumento do burnout. “Nós sabemos que a carência de funcionários têm sido uma dos maiores motivadores da síndrome. Esses números podem aumentar nos próximos meses, já que as demissões, geralmente, geram mais trabalho para aqueles que se mantêm nas empresas”.

Para ajudar as empresas, os trabalhadores também elencaram ações que podem ajudar as organizações a melhorar a saúde mental no trabalho e diminuir os índices de burnout:

  • 71%: semana de quatro dias de trabalho
  • 66%: flexibilidade de jornada
  • 65%: diminuição da carga de trabalho
  • 60%: benefícios de saúde e bem-estar melhores
  • 58%: home office
  • 55%: reduzir os pesos administrativos
  • 51%: mais facilidades no escritório 
  • 41%: habilidade de se realocar ou de trabalhar em diferentes localidades 

O estudo também mostra que, apesar das demissões em massa e das preocupações com a economia, 30% dos trabalhadores planejam deixar o seu trabalho nos próximos 12 meses. 

A pesquisa foi realizada com 1001 respondentes de uma amostra aleatória de trabalhadores nos Estados Unidos.

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