Estudo do National Bureau of Economic Research aponta conversão de escritórios em apartamentos como uma solução para os prédios esvaziados pelo home office
Os escritórios que ficaram vazios por causa do home office podem ter um novo destino: virar apartamentos residenciais. Segundo um relatório do National Bureau of Economic Research, mais de 2 mil prédios com baixa ocupação nos Estados Unidos poderiam ser convertidos em apartamentos ecologicamente corretos.
O estudo aponta que todos esses antigos escritórios podem virar entre 170 mil e 400 mil novos locais para morar, o que parece um benefício principalmente para cidades atingidas por crises imobiliárias. Estima-se que os Estados Unidos precisam construir cerca de 3,8 milhões a 6,5 milhões de novas residências.
Já o estudo aponta que 11% dos prédios de escritórios nos centros comerciais das 105 cidades mais populosas dos EUA podem se tornar apartamentos, a começar por Nova York, São Francisco e Los Angeles. O modelo proposto é de uma conversão de escritórios em apartamentos, em um processo que levaria menos tempo do que novas construções.
O foco dos pesquisadores é em prédios mais antigos, construídos antes de 1990, por serem menores, já que a conversão pode ser menos onerosa nessas situações. Converter um prédio comercial em residencial exige grandes ajustes. Por exemplo, segundo cita a Insider, a cidade de Nova York exige que quartos de apartamentos residenciais tenham janela, o que pode ser um custo alto para a conversão, já que os quartos poderiam ficar apenas nas bordas dos prédios.
Além da utilização de espaços que estão atualmente sem uso, outro argumento do estudo é que a transformação pode ser feita com base em padrões ecológicos, o que resultaria também em prédios melhores para o meio ambiente.
O estudo descobriu que 72% dos grandes edifícios de escritórios na cidade de Nova York emitem mais gases que aquecem o clima do que o permitido pelas metas de emissões de 2030 do país. A proposta dos pesquisadores é que, durante o processo de conversão, os edifícios sejam adaptados para atender aos novos padrões de eficiência energética.
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