Iniciativas inscritas no Prêmio Think Work Flash Innovations vão além do olhar tradicional para saúde e incluem também políticas de qualidade de vida e bem-estar

Com a pandemia da covid-19, as organizações passaram a ter um olhar mais atento para a saúde. Com isso, os benefícios relacionados à área também mudaram. Para além do plano de saúde, que ainda é bem valorizado pelos trabalhadores, as empresas começaram a investir também em outros pontos, principalmente voltados ao bem-estar e à qualidade de vida. 

Nas inscrições para o Prêmio Think Work Flash Innovations 2023, nós perguntamos às empresas participantes quais políticas de bem-estar elas oferecem aos funcionários e descobrimos que, entre as opções que listamos, apenas 7% das organizações não ofereciam nenhuma delas. 

Entre as respondentes, 56% oferecem salas de descompressão; 34% possuem espaços de lazer para práticas esportivas em suas instalações e 41% oferecem serviços de relaxamento no seu próprio espaço, como massagem e meditação. 

No campo da saúde mental, 76% das empresas custeiam sessões de terapia; 71% oferecem dias de folga; 68% fazem pesquisas para monitorar o nível de estresse das pessoas e 93% possuem um canal formal para que os profissionais manifestem queixas sobre sua saúde mental. 

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Para te inspirar em relação ao tema, reunimos dois cases de destaque sobre empresas que criaram novas formas de lidar com a saúde e o bem-estar:

Saúde com business intelligence

A Sabin percebeu que os seus esforços na área da saúde estavam bastante pulverizados, com cada área tomando conta de um projeto, sem muita comunicação entre elas. Era preciso integrar dados, ideias e resultados. 

Então, em 2021, a empresa criou o programa Saúde em Dia, que foca em cinco frentes relacionadas ao tema: Em Dia Com Seu Peso (que cuida, por exemplo, de práticas de atividade física), Em Dia Com Sua Mente (que oferece time de psicólogos), Em Dia Com Seu Coração (em que há o acompanhamento de pessoas com problemas crônicos), Em Dia Com Sua Prevenção (que oferece programas de check-up, por exemplo) e em Em Dia Com Sua Gestação (que acompanha gestantes). 

Foram utilizadas ferramentas de business intelligence e people analytics para mapear o perfil dos funcionários e seus históricos de saúde. Além dos benefícios oferecidos, a empresa conseguiu reduzir o número médio de internações em 4% e os afastamentos por motivo de doença em 6%. No geral, a companhia estima que economizou cerca de 5 milhões de reais na renovação dos seus planos de saúde. 

Inteligência artificial para acompanhar pessoas

Durante a pandemia, a multinacional norueguesa de fertilizantes Yara percebeu que o home office e as inseguranças daquele momento tornavam difícil a comunicação com os mais de 5 mil funcionários no Brasil. Então, os times de Recursos Humanos, Saúde e Segurança e Tecnologia da informação se uniram para criar uma inteligência artificial, a Yarin, que se tornou a principal forma da empresa acompanhar as suas pessoas e promover o engajamento.

Pela Yarin, a empresa criou o projeto “Termômetro do Bem-Estar”, que periodicamente pergunta aos trabalhadores como eles estão. Quando a resposta é “mal” ou “muito mal”, o robô encaminha a pessoa em questão para a equipe de saúde, de forma confidencial. Os casos mais críticos passam a ter direito a quatro sessões de terapia custeadas pela empresa. 

Tudo isso é feito via Teams, a ferramenta que a Yara usa em suas comunicações. Durante o momento crítico da pandemia, as pessoas eram abordadas pela Yarin semanalmente. Agora, a periodicidade é quinzenal, mas o canal fica aberto 24 horas por dia para que o funcionário possa acioná-lo quando precisar. 

Até hoje, a ferramenta já coletou mais de 60 mil registros de saúde dos trabalhadores. Durante a pandemia, a empresa conseguiu acompanhar cerca de 12 mil casos suspeitos e 3 mil confirmados.

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