Pesquisa mostra que regime híbrido é a modalidade favorita entre os trabalhadores, seguida pelo home office
Enquanto parte das empresas parece ter entrado em uma cruzada contra o trabalho remoto, as pesquisas mostram que os trabalhadores não pretendem esquecer as modalidades de trabalho experimentadas na pandemia.
Segundo a edição de 2023 do Greenhouse Candidate Experience Report, que entrevistou mais de 800 trabalhadores no Reino Unido, 77% dos profissionais afirmaram que procurariam ativamente ou estariam abertos a um novo emprego, caso a sua empresa revertesse as políticas de trabalho flexível.
Os dados mostram que as empresas inflexíveis terão dificuldades para contratar os melhores talentos. De acordo com a pesquisa, mais de 40% dos candidatos não se candidatariam a uma função que não ofereça seu modelo de trabalho preferido.
O trabalho híbrido é o preferido de 47% dos entrevistados, enquanto 11% preferem o home office, o que deixa pouco espaço para regimes 100% presenciais.
Além da flexibilidade de local de trabalho, a semana de quatro dias também apareceu como uma boa opção para atrair talentos no futuro do trabalho, com quase 70% dizendo que seria mais provável ou só se candidataria a um emprego que a oferecesse.
Os trabalhadores também citaram como as principais razões para deixar um emprego:
- Remuneração menos competitiva (35%);
- Falta de segurança no emprego (25%);
- Falta de oportunidades claras de progressão na carreira (24%);
- Incompatibilidade na cultura da empresa com o que foi anunciado (17%);
- Falta de transparência dos líderes (17%).
Segundo a pesquisa, os motivos pelos quais os profissionais são atraídos para um novo emprego são:
- Aumento de remuneração/salário (53%);
- Maior segurança no trabalho (42%);
- Melhores políticas de trabalho flexíveis, como remoto ou híbrido (33%);
- Maiores oportunidades de progressão na carreira (30%);
- Uma cultura empresarial maior e mais positiva (25%).
O estudo ainda aponta que mais de 40% dos entrevistados têm maior probabilidade de se candidatarem a um emprego que inclua uma faixa salarial na descrição da vaga. 24% dos entrevistados têm menos probabilidade de se candidatar ou não irão se candidatar a uma função se não souberem a faixa salarial pretendida.
“O relatório destaca que as expectativas do local de trabalho mudaram significativamente desde a pandemia. O trabalho híbrido é visto como a nova norma devido ao seu sucesso comprovado nos últimos anos. Além disso, a transparência salarial é mais do que nunca procurada. As organizações precisam se adaptar a esta nova era de condições de recrutamento ou correm o risco de perder os melhores talentos e, finalmente, o sucesso nos negócios.”, disse Colm O’Cuinneain, gerente geral da EMEA na Greenhouse, em um comunicado à imprensa.
Quer ficar por dentro das mais recentes tendências que estão transformando o mundo da gestão de pessoas?
A Think Forward, nossa newsletter quinzenal exclusiva para assinantes, traz reflexões aprofundadas sobre temas de relevância para os RHs e para o mundo dos negócios. Clique aqui e assine.