Na guerra pela volta presencial, empresas diversificam ações

Empresas usam diversas táticas para convencer profissionais a voltarem ao regime presencial, como doação para caridade e ameaça de interferir na avaliação de desempenho

A guerra para fazer os trabalhadores voltarem ao regime presencial de trabalho parece mesmo não ter fim. Agora, as empresas têm diversificado as barganhas para convencer os funcionários.

Nos últimos meses, várias companhias chamaram os profissionais de volta ao escritório. A Disney, por exemplo, estabeleceu que eles devem voltar quatro dias na semana, e a Amazon, três. A empresa de Jeff Bezos, inclusive, enfrenta um movimento fortíssimo entre os trabalhadores, que culminou até em uma paralisação. A Meta anunciou que em breve avisará os funcionários de qual será a nova política a partir de setembro. 

O Google já havia estabelecido uma semana de três dias presenciais há alguns meses, mas, diante de uma adesão abaixo da esperada, agora a empresa anunciou que usará os registros de crachá nas catracas dos escritórios como forma de analisar ausências. Tudo isso impactará nas avaliações de desempenho dos profissionais. 

Há também empresas indo um pouco mais além. A Salesforce anunciou que fará uma doação de caridade de 10 dólares por dia (por um período de 10 dias) em nome de qualquer funcionário que vier ao escritório (ou para trabalhadores remotos que comparecerem a eventos da companhia). 

Outra a planejar a volta ao escritório foi a DocuSign. Eles esperavam chamar os trabalhadores de volta ao presencial em maio de 2020, depois em agosto de 2020, depois em outubro de 2021 e, por fim, em janeiro de 2022. Mas em nenhuma dessas ocasiões deu certo. 

Neste ano, a empresa colocou em prática o plano de voltar ao escritório. Para isso, foram feitas análises de todas as funções. Cerca de 70% dos funcionários estão em modelo de trabalho híbrido, 30% estão em home office e menos de 1% está totalmente presencial. 

“Este pode ser um assunto muito polarizador. Estamos colocando água em canos que não passam por eles há muito tempo. Então, onde haverá vazamentos?”, disse a nova Chefe de Pessoas da Docusign, Jennifer Christie, ao The New York Times.

Segundo o jornal, ela ainda acrescentou que a empresa encara esse novo modelo como um período de experimentação, em que ela e outras lideranças irão avaliar quais partes do plano híbrido precisam ser alteradas.

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