Embora principal argumento para fim do home office seja produtividade, pesquisa aponta que apenas 57% das empresas conseguem medí-la
Na briga entre empresas e funcionários pelo retorno presencial aos escritórios, um dos argumentos mais utilizados por parte das organizações é em relação à produtividade. No entanto, uma pesquisa feita pela Payscale descobriu que, embora 57% das empresas digam medir a produtividade, somente 10% afirmam que ela é altamente quantificável.
A pesquisa também descobriu que 40% das organizações dizem recompensar o aumento da produtividade e 30% delas o fazem apenas de uma forma nebulosa, deixando a critério da gestão.
Enquanto 84% das organizações afirmem que sua liderança executiva confia que os funcionários trabalhem em home office, um em cada quatro funcionários dizem que a sua liderança acredita que o trabalho remoto diminuiria a produtividade.
Os dados do Bureau of Labor Statistics dos Estados Unidos apontam que a produtividade no país diminuiu durante cinco trimestres consecutivos, o que os empregadores atribuem ao home office. No entanto, na pesquisa da Payscale, o trabalho remoto ficou em penúltimo lugar entre as razões que poderiam explicar o declínio da produtividade, atrás apenas do sentimento anti-trabalho.
Esse são os principais motivos que justificam a queda de produtividade segundo pessoas trabalhadoras e empresas:
- Alto turnover;
- Remuneração insuficiente;
- Preocupações com a saúde mental;
- Desafios de demandas;
- Trabalho remoto;
- O sentimento anti-trabalho.
Segundo o estudo, os salários insuficientes e a inflação elevada impactaram as taxas de turnover, que aumentaram para níveis vertiginosos durante a Grande Renúncia. Para eles, a alta rotatividade pode impactar a produtividade durante anos, pois leva tempo para recontratar e requalificar talentos.
“O envolvimento dos funcionários também é prejudicado quando eles se sentem estressados e sobrecarregados, o que também afeta a produtividade. É por isso que a liderança de pessoas e a estratégia de talentos precisam ser centrais nas operações de negócios”, constata o trabalho.
A pesquisa ainda perguntou aos empregadores sobre o seu atual modelo de trabalho e descobriu que esses são os principais motivos pelos quais eles exigem que pelo menos alguns funcionários estejam no escritório em alguma parte do tempo:
- Construir ou manter a cultura;
- Facilitar a colaboração;
- Aumentar a produtividade;
- Treinar trabalhadores mais jovens (principalmente, a Geração Z);
- Falta de confiança nos funcionários;
- Fomentar a inovação;
- Investimento no imóvel;
- Exercer poder sobre os trabalhadores;
- Medo ou despesas por mudar as normas.
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