De acordo com pesquisa, funcionários mais engajados estão acima dos 35 anos e trabalham de forma remota
O relatório State of the Global Workplace: 2024, desenvolvido pela Gallup, apontou que o engajamento de profissionais na América Latina e no Caribe é o segundo maior em todo o mundo, ficando atrás dos Estados Unidos e Canadá — mas por uma diferença de apenas 1%.
O envolvimento dos latino-americanos e caribenhos também está acima da média global. Enquanto o percentual da nossa região é de 32%, a média de outros países é de 23%.
Para efeito de comparação, a taxa europeia é de 13%, a da Austrália e Nova Zelândia é de 25%, a da Ásia Oriental (que inclui China, Hong Kong, Japão, Coreia do Sul e outros territórios) é 18% e a da Ásia Meridional (composta pela Índia, Afeganistão, Bangladesh, Nepal, Paquistão e Sri Lanka) é de 26%.
E por que medir esse índice? Bem, de acordo com a Gallup, um engajamento ruim pode ser sentido no caixa das organizações e dos países. Segundo a consultoria, o baixo envolvimento custa à economia global 8,9 trilhões de dólares, ou 9% do PIB global.
Profissionais engajados: quem são, o que pensam e como enxergam o mercado
Mergulhando no perfil de trabalhadores da América Latina e Caribe envolvidos com seus trabalhos, 34% são mulheres e 31% são homens. Observando a maioria, a média de idade é igual ou acima dos 35 anos e a posição ocupada é de gerência.
O modelo de trabalho também parece contar muito no engajamento. A maioria dos engajados é adepta ao trabalho remoto (38%). Quem atua de forma totalmente presencial tem uma taxa de engajamento de (31%).
Quando o assunto são os sentimentos negativos, se destacam o estresse (44%) e a tristeza (20%). A solidão, um tema muito discutido pelas lideranças que resistem ao trabalho a distância, foi a dor menos citada (13%).
O estudo da Gallup também buscou entender a percepção dos profissionais de cada região. No caso da América Latina e do Caribe, o cenário apresentado foi o seguinte:
- 54% dos entrevistados afirmaram estar prosperando em suas carreiras, 44% têm algumas dificuldades em ascender profissionalmente e 2% estão sofrendo nesse sentido.
- 61% estão otimistas sobre o mercado e acreditam que é um bom momento para conquistar um novo emprego.
- 40% têm intenção de trocar de emprego ou já estão buscando oportunidades ativamente.
Reforçando a importância que o comprometimento tem na produtividade e nos resultados das empresas, a pesquisa da Gallup aponta para o RH a necessidade de pensar em táticas eficientes para gerar esse tipo de engajamento. Isso pode ser desafiador em um contexto em que as novas gerações buscam mais propósito e equilíbrio, mas é cada vez mais necessário para a manutenção dos negócios.