Fim do trabalho remoto ou híbrido pode levar a onda de demissões

Pesquisa aponta que 47% dos profissionais considerariam buscar outro emprego caso o seu empregador reduza a flexibilidade do trabalho remoto ou híbrido

O conflito entre empresas e funcionários por uma volta ao trabalho 100% presencial continua em diversas organizações ao redor do mundo. Enquanto empresas como a Amazon pressionam pelo fim do home office, uma nova pesquisa feita pela Eagle Hill Consulting aponta que os trabalhadores podem não ficar muito satisfeitos com a volta aos escritórios. 

Segundo o estudo, 47% dos profissionais dos Estados Unidos dizem que irão considerar buscar um novo emprego, caso o seu empregador reduza a flexibilidade do trabalho híbrido ou remoto. 

Os dados também mostram que 42% dos trabalhadores acreditam que a sua satisfação no trabalho diminuiria se o empregador determinasse o retorno ao trabalho presencial enquanto 34% dizem que sua produtividade diminuiria.

43% dos entrevistados preferem trabalhar em uma organização que oferece flexibilidade de trabalho, ou seja, os regimes remoto ou híbrido. Essa preferência é maior entre trabalhadores mais jovens: 48% dos millennials e 46% da Geração Z gostam mais de regimes flexíveis. 

Eles também são os mais propensos a procurarem outro emprego, caso a o trabalho remoto de seu empregador atual diminua: 61% da Geração Z e 57% dos millennials o faria. 

As preocupações dos trabalhadores em relação a voltar ao trabalho 100% presencial são:  equilíbrio entre vida pessoal e profissional (44%), tempos de deslocamento (37%), custos mais altos (33%) e estresse (33%). 

Para os entrevistados, trabalhos que exigem pesquisa (55%), pensamento profundo (55%) e tempo de foco (51%) são melhores realizados em casa. 

Mas parte dos entrevistados reconhece que o trabalho presencial também tem benefícios, como por exemplo: maior socialização (39%), a capacidade de deixar o trabalho no local de trabalho (30%), melhor colaboração (28%) e maior produtividade (24%). Uma grande parcela dos trabalhadores (60%) diz que aqueles que trabalham mais no escritório do que remotamente têm maior probabilidade de sucesso em seus empregos. 

Em relação às tarefas que são melhores desempenhadas pessoalmente, estão: integração de novos membros da equipe (83%), construção da equipe (82%), gerenciamento de equipes e treinamento (77%), integração e início de um novo projeto (73%), discussões de desempenho (71%), feedbacks (66%) e brainstorming (62%).

Parece que a chave para a retenção de talentos da nova geração está na flexibilidade no local de trabalho.

Segundo Melissa Jezior, presidente e diretora executiva da Eagle Hill Consulting, os trabalhadores sabem que alguns trabalhos são melhor realizados presencialmente, especialmente trabalhos que exigem colaboração. Ao mesmo tempo, eles não querem ser forçados a trabalhar 100% presencial devido a preocupações com o equilíbrio entre vida profissional e pessoal e tempo de deslocamento.

“Isso significa que dar flexibilidade aos funcionários é a chave para o sucesso. Em última análise, as organizações que navegam com sucesso no trabalho remoto terão um alto nível de confiança entre funcionários e gerentes, um ambiente que promove boa comunicação e processos eficazes para gerenciamento de resultados de desempenho“, explicou ela em um comunicado à imprensa.

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