Segundo pesquisa da Gartner, 80% dos RH entrevistados afirmam que suas atividades envolvem desafios diferentes após a pandemia 

Uma pesquisa feita pela Gartner, com 217 lideranças de RH, descobriu que apenas 9% das funções de recursos humanos são altamente eficientes e alinhadas às necessidades de suas organizações.

Após a pandemia, o escopo da função da gestão de pessoas se expandiu drasticamente. Segundo a pesquisa, 55% dos RHs entrevistados disseram que estão recebendo mais solicitações em uma variedade mais ampla de tópicos e 80% afirmam que sua função está enfrentando desafios diferentes daqueles enfrentados antes da pandemia.

“Infelizmente, o novo mundo do trabalho de hoje não apenas sobrecarregou o RH com novas demandas, mas aumentou os obstáculos à eficácia”, disse Piers Hudson, diretor sênior da prática de RH do Gartner, em comunicado à imprensa. 

71% dos entrevistados relataram que o burnout entre a equipe de RH está mais desafiador do que antes da pandemia. Mais da metade dos líderes entrevistados relataram maior dificuldade na retenção e recrutamento de funcionários de gestão de pessoas.

“Para lidar com esses tipos de novas demandas e obstáculos, a maioria dos líderes de RH procura reestruturar sua função ou mudar suas formas internas de trabalho. Infelizmente, essas abordagens estão aumentando apenas marginalmente a excelência funcional porque falham em reconhecer uma mudança no papel do RH nas organizações”, disse Hudson. 

Os novos papéis do RH

O legado do RH está em áreas como políticas de emprego e administração, onde ele é, em grande parte, “proprietário e operador” de suas tarefas. Mas, por outro lado, as novas demandas são mais conflitantes, interdependentes e novas, sem proprietários claros nem respostas corretas únicas. 

O estudo aponta que, para ter sucesso no ambiente atual, a gestão de pessoas precisará continuar assumindo suas tarefas tradicionais enquanto se torna um “convocador e catalisador” na organização. Como convocador, a área fica responsável por reunir as partes interessadas e orquestrar uma estrutura para que esse grupo tome decisões e encontre soluções.

Diante da função catalisadora, o estudo aponta que os recursos humanos estão se concentrando em três pontos de melhoria: 

• Priorização Participativa: 51% dos líderes de RH relataram que estão recebendo mais solicitações de suporte e 45% disseram que agora é mais difícil lidar com demandas conflitantes. Diante disso entra a priorização participativa, que vai além da coordenação interna, colocando em prática mecanismos formais para envolver as partes interessadas de fora da área e capacitar a equipe de RH, enquanto se concentra na repriorização flexível para antecipar picos de demanda de negócios para garantir que as prioridades não sejam prejudicadas.

• Digitalização para Negócios: As funções de gestão de pessoas estão garantindo que seus esforços de digitalização ultrapassem apenas os processos centrados em RH e sejam realmente capacitadores de negócios. Para que isso seja bem-sucedido, o setor precisa garantir que seu roteiro de digitalização esteja sincronizado com as outras funções da organização para fornecer uma experiência coesa ao usuário final.

• Aumentando a experiência de RH: Apesar do investimento em upskilling, 55% dos líderes de RH relataram ter mais problemas decorrentes de lacunas nas capacidades dos funcionários do que antes da pandemia. As principais funções de RH estão desenvolvendo habilidades internas e, ao mesmo tempo, incorporando conhecimento não relacionado a RH à função.

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