Pesquisa mostrou que para cumprir horas extras, trabalhadores estão encurtando os horários de almoço e ampliando o expediente de trabalho
Uma pesquisa feita pelo fornecedor de software Ciphr revelou que milhões de funcionários estão encurtando regularmente seus intervalos de almoço e terminando o expediente mais tarde para manter o controle de sua carga de trabalho.
Segundo a pesquisa, 49% dos entrevistados trabalham fazem hora extra não remunerada, enquanto apenas 23% recebem o pagamento por esse tempo amais. Foram entrevistados mil trabalhadores no Reino Unido.
Entre aqueles que regularmente fazem hora extra não remunerada, a média é de pouco mais de três horas a mais trabalhadas a cada semana. Em uma semana de trabalho de cinco dias, são cerca de 37 minutos a mais por turno. Já 11% dos entrevistados estão trabalhando cinco horas adicionais não remuneradas por semana.
Os funcionários com maior probabilidade de trabalhar mais horas extras não remuneradas são gerentes seniores (média de 4,1 horas por semana), pessoas entre 25 e 34 anos (3,5 horas), trabalhadores em home office (3,5 horas) e aqueles que trabalham em serviços jurídicos e educação (4,1 horas e 3,9 horas, respectivamente).
Com base nesses resultados, a Ciphr calcula que um funcionário médio da pesquisa trabalhou 18 dias adicionais por ano, sem remuneração extra.
Reduzir ou pular o almoço parece ser uma das formas mais comuns de os funcionários trabalharem mais. Na semana em que a Ciphr realizou a sua pesquisa, apenas 36% dos entrevistados tinham feito uma pausa completa para o almoço todos os dias. O mais preocupante é que um em cada quatro quase não fez uma pausa completa para o almoço naquela semana.
O estudo chama a atenção para o fato de que, se esse padrão de excesso de trabalho – por meio de pausas e horas extras – for deixado sem controle a longo prazo, isso pode afetar negativamente a saúde mental e o bem-estar de um indivíduo e causar estresse e burnout.
“Fazer um pouco de trabalho extra ocasionalmente é uma coisa – e é uma prática relativamente comum trabalhar horas extras, às vezes, para cumprir sua função – mas sentir que você ‘tem’ que fazer esse trabalho extra regularmente porque é esperado de você é outra bem diferente”, disse Claire Williams, diretora de recursos humanos da Ciphr, em um comunicado à imprensa.
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