Empresas oferecem auxílio-mudança para incentivar presencial

Segundo plataforma de recrutamento, houve um crescimento de 75% nas vagas oferecidas nos Estados Unidos que oferecem auxílio-mudança

Os esforços das empresas para levar os funcionários de volta ao trabalho presencial têm ganhado novas nuances. Agora, muitas organizações estão incentivando que recém-contratados se mudem de suas cidades e estados para irem ao escritório, mesmo que isso signifique gastar milhões de dólares em benefícios de mudança.

A plataforma de recrutamento ZipRecruiter notou um aumento significativo nas vagas que oferecem assistência para mudança entre 2020 e hoje. Naquela época, 2 milhões de anúncios ofertavam o benefício. Hoje, são 3.8 milhões. 

A plataforma Indeed também verificou um aumento de 75% nas vagas de emprego que estão hoje na plataforma e mencionam benefícios de mudança. Os dados foram fornecidos pelas duas plataformas ao The Wall Street Journal.

As organizações parecem mesmo fazer questão de que as pessoas estejam de volta ao regime presencial, uma vez que oferecer um benefício de mudança custa caro. Segundo a ABC Relocation, consultoria que oferece esse tipo de serviço para as organizações, realizar a mudança de um recém-contratado pode custar entre 19 mil dólares para alguém que aluga uma moradia e 72 mil dólares para quem possui um imóvel. 

É ainda mais caro realocar quem já é funcionário. Os valores variam entre 24 mil e 97 mil dólares, segundo a empresa. 

A abrangência de um auxílio-mudança depende dos valores estipulados pelas organizações, mas ele pode incluir o serviço de embalar e enviar para a nova moradia os bens do funcionário, meses de aluguel da nova casa e até a contratação de um corretor para ajudar a pessoa a vender o antigo imóvel e comprar um novo.

Este último serviço costuma ser o mais caro. A comissão média de um corretor gira em torno dos 21 mil dólares, segundo a ABC Relocation.

Nos últimos meses, pode ser observado um movimento de empresas bastante dispostas a fazer com que seus funcionários abandonem o home office. Ainda em abril, os executivos da JPMorgan afirmaram aos gerentes que haverá “ações corretivas” caso eles não vão ao escritório ao menos três vezes na semana. No Twitter, o CEO, Elon Musk, já havia dito que o escritório “não é opcional”. 

Por outro lado, há muitos profissionais manifestando a sua vontade de não voltar ao regime presencial. A Amazon, por exemplo, tem enfrentado uma resistência interna após anunciar a volta para o escritório. Os funcionários se organizaram em um movimento que coletou mais de 30 mil assinaturas para protestar contra a decisão. A empresa negou os pedidos.

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