Nova pesquisa revela que millennials estão mais insatisfeitos no trabalho que as demais gerações
Cerca de dois terços dos chefes dizem que os millennials têm a maior taxa de rotatividade em suas empresas. Os dados são de uma pesquisa feita pela empresa de tecnologia WorkJam, que ouviu 72 executivos de grandes empresas que empregam, ao todo, 400 mil pessoas.
Já entre os profissionais da geração X, na faixa dos 40 a 50 anos, a rotatividade seria menor, de apenas 4%.
Os resultados corroboram a outra pesquisa recente, realizada pela empresa de tecnologia Axios, que descobriu que 84% dos millennials querem trabalhar remotamente, número maior do que qualquer outra geração (75% dos Xs, 68% dos baby boomers e 66% da geração Z). Além disso, 57% dos millennials também disseram que mudariam de emprego por causa do home office.
Segundo Mark Williams, um diretor na WorkJam, os números são resultado dos últimos dois anos, que teriam colocado em evidência uma “crescente desconexão entre a alta liderança e a linha de frente”.
Para ele, as empresas estão falhando em saber acolher e entender as pessoas, o que tem atrapalhado a retenção desse público. “Os empregados não se sentem ouvidos nem valorizados”, disse.
Parece que os millennials chegam à casa dos 30 – e à liderança – exaustos e revendo prioridades. Depois de sucessivas crises, da bolha imobiliária à covid-19, o desafio das empresas é lidar com a insatisfação e rotatividade entre esse público.