A diversidade promove a criatividade e a inovação nas empresas, mas para isso é preciso que elas se comprometam com a construção da equidade e a remoção de barreiras físicas, sociais e atitudinais que impedem a plena participação de PcDs
A inclusão de pessoas com deficiência é um grande desafio social. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 18,6 milhões de brasileiros de dois anos ou mais com deficiência no país, o que corresponde a 8,9% da população dessa faixa etária. A maioria das pessoas tem deficiências visuais, motoras ou auditivas.
Apesar de haver políticas públicas voltadas para essa população, ainda há um longo caminho a percorrer para garantir a plena inclusão e igualdade de oportunidades. Os desafios mais significativos estão relacionados ao acesso à educação de qualidade e, consequentemente, ao mercado de trabalho.
A taxa de analfabetismo entre pessoas com deficiência é maior do que a média nacional. Quando fazemos o recorte de pessoas com deficiência com 18 anos ou mais, o índice da população com nível superior completo fica em torno de 5%. Já o percentual de pessoas com deficiência (PcD) na universidade não chega a 1%.
Esta realidade impacta na inserção no mercado de trabalho. Assim, apesar de medidas importantes como a Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência, os dados da RAIS de 2019 apontam que apenas 1% das pessoas com deficiência têm emprego formal no Brasil em regime previsto pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Os ganhos da inclusão
É fundamental nos debruçarmos sobre esses desafios porque a inclusão das pessoas com deficiência vai além de uma questão de direitos humanos; ela traz benefícios sociais e econômicos significativos.
A diversidade no ambiente de trabalho promove a inovação e a criatividade, e a inclusão educacional permite que todas as pessoas tenham oportunidades iguais de contribuir para a sociedade.
Para que isso aconteça, é fundamental ter políticas públicas, mas é também essencial que as empresas e a sociedade se comprometam com a construção da equidade e tenham foco em remover barreiras físicas, sociais e atitudinais que impedem a plena participação das pessoas com deficiência.
Para estimular mais discussões sobre o tema – embasadas em dados e informações confiáveis –, compartilho com vocês um guia sobre pessoas com deficiência da Cia. de Talentos.
