Ao refletir sobre suas metas para 2024, Ana Paula Franzoti escreve sobre como se permitir sonhar pode auxiliar em vários pontos da vida, inclusive na performance enquanto líder de pessoas
O início de cada ano sempre representa aquele momento que eu costumo chamar de renovação de votos com a vida. Salvo por questões religiosas, até os mais descrentes reconhecem que existe uma energia que nos faz deixar para trás o que foi vivido no ano anterior e olhar para frente com esperança. Pelo menos é isso que a energia de um novo ano traz para mim: a renovação de votos com a vida e com o futuro.
Sempre fiz listas do que eu gostaria de ser ou de conquistar para o ano que se iniciava. Não tenho um método fixo, já que ele vem se renovando com o passar do tempo e também não tenho uma data certa para fazer isso. Em alguns anos fiz no dia 31, em outros fiz na primeira semana de janeiro e mais recentemente tenho feito aos poucos. Outra mudança é que o que eu chamava de “lista do que eu quero ser e conquistar”, passei a chamar de “lista de intenções”.
Eu gosto muito deste exercício… de olhar a lista do ano anterior ou até de anos anteriores e tentar visualizar como gostaria de viver o ano que está começando e quais minhas intenções para o novo ciclo.
Mesmo com todas as dificuldades que o dia a dia nos traz, acho fundamental sonharmos com o que buscamos para nossa vida. Em 2021, inclusive, participei de um evento que me marcou muito, onde uma das palestrantes mencionou a importância da liderança ser capaz de sonhar.
Parece algo romântico né? Mas não é! Criar futuros para times e empresas, que passam por resultados concretos, é falar sobre nossa capacidade de pensar (ou sonhar) o futuro e transformá-lo em planos e ações que irão se realizar.
O que eu percebo é que fica cada vez mais improvável pensarmos em resultados possíveis sem um olhar apurado e generoso para dentro de nós e para o que buscamos.
Assim, peço licença aos leitores para compartilhar dois itens da minha lista de intenções de 2024, que acredito serem fundamentais para o meu exercício de liderar pessoas e negócios.
A primeira intenção passa por apreciar mais. Apreciar é um verbo que quer dizer dar valor a algo, ter em apreço, estimar, prezar, ter consideração por. E é esta minha intenção… apreciar as vivências, as pessoas, as conversas, as reflexões, as oportunidades, os momentos.
Quero apreciar o caminho, o momento que está sendo vivido. Quero estar presente para apreciar. É um desafio? Com certeza é! Mas esta é uma das minhas intenções mais importantes para este ano. Acho que até agora tenho corrido muito, metaforicamente falando. Por isso, acho que chegou o momento de “degustar”.
A outra intenção foi um aprendizado que tive com com a Cida Bento recentemente. Para quem não conhece, Cida Bento é a autora do livro “Pacto da Branquitude” e para mim, uma das referências mais importantes na minha jornada de aprendizado constante sobre diversidade, equidade e inclusão.
Cida diz que precisamos ter mais espaços para “diálogos restaurativos”, ou seja, diálogos onde escuta, empatia e presença são os pilares principais e, minha intenção é propiciar e ter mais espaços assim no ambiente de trabalho.
E com certeza, não quero jamais perder a capacidade de sonhar futuros possíveis!
Quais são suas intenções para este novo ano? Por onde elas passam e o como elas vão simbolizar este ano que se inicia?