Autonomia das equipes: motor para inovação e satisfação

Para a Today, Danica Galdini escreve sobre a importância da autonomia para a força de trabalho em empresas que desejam mirar a inovação e a satisfação dos funcionários

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Um dos grandes desafios da economia digital é a pressão para que as empresas estabelecidas respondam à ruptura em seus setores. 

Elas precisam ser capazes de criar rápida e continuamente experiências novas e inovadoras e, para isso acontecer é preciso hierarquias mais planas, uma mentalidade inovadora em toda a organização e ambientes fluidos de teste e aprendizado. Em outras palavras, é preciso estimular a autonomia das pessoas. 

A autonomia nada mais é que a capacidade de tomar decisões e de exercer controle sobre suas próprias responsabilidades e tarefas, respeitando os limites estabelecidos pela empresa. A autonomia implica confiar nas habilidades e no discernimento da pessoa para executar suas funções de forma eficaz, sem necessidade de supervisão constante.

Ela também oferece diversos benefícios, como a promoção da motivação intrínseca, do engajamento e do senso de responsabilidade individual. Quando as pessoas têm liberdade para definir métodos de trabalho e tomar decisões que impactam seu desempenho, elas se tornam mais comprometidas com o sucesso dos projetos e com o crescimento da organização.

Outro ponto importante é que contribui para o desenvolvimento de habilidades de liderança e tomada de decisão, criando profissionais mais valiosos para a empresa. Ela também estimula a criatividade, pois as pessoas não estão limitadas por procedimentos rígidos e podem buscar soluções inovadoras.

Além de tudo isso, a autonomia contribui para a satisfação das pessoas com o trabalho. Um estudo realizado pela Cia de Talentos com 71 mil jovens no Brasil mostrou que pessoas que têm autonomia estão mais satisfeitas com o trabalho que realizam (74%) e com a empresa em que atuam (69%). 

Cia de Talentos

Outro dado relevante aponta que 38% dos profissionais que experimentam a sensação de autonomia no trabalho relatam ter um relacionamento sólido com a liderança direta. Esse número é quase o dobro daqueles que encerram o dia sem essa sensação, onde apenas 16% afirmam ter um relacionamento positivo com a gestão direta. 

Isso evidencia claramente que a autonomia no trabalho não apenas melhora a satisfação pessoal, mas também cultiva relações de trabalho mais saudáveis e produtivas.

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Em um momento em que a rotatividade é uma preocupação constante, trabalhar a autonomia é uma estratégia para engajar pessoas e melhorar a satisfação da equipe. Para alcançar isso, é fundamental proporcionar oportunidades em que as pessoas possam assumir responsabilidades e tomar decisões relacionadas às suas tarefas.

Isso pode ser feito por meio da definição de metas e objetivos claros, permitindo que as pessoas escolham seus próprios métodos de trabalho, encorajando-as a buscar soluções independentemente e oferecendo feedback construtivo para apoiar seu desenvolvimento. Além disso, demonstrar confiança nas habilidades e julgamento das pessoas e estar disponível para orientação quando necessário. 

<strong>Danilca Galdini</strong>
Danilca Galdini

Head de Pesquisa na Cia de Talentos e jurada na primeira edição do Think Work Flash Innovations.

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