A Inteligência Artificial marcou presença em boa parte das empresas em 2023, mas a tendência de crescimento deve se consolidar no próximo ano, sobretudo na área de resolução de demandas e desafios do RH
Com a chegada de um novo ano, é comum surgir novas projeções, dilemas e estratégias. Desta maneira, saber o que priorizar e o que investir – seja tempo ou recursos – tornou-se uma grande tarefa dos líderes de RH. Por sorte, boa parte dos profissionais têm uma parceria inteligente para ajudar nesta missão: a IA. E a aliança deve ser ainda mais fortalecida com a virada de chave para 2024. É o que revela os novos dados da pesquisa anual Prioridades para Líderes Empresariais da Paychex, Inc., fornecedora norteamericana de soluções integradas para recursos humanos.
No relatório, a companhia destaca que 98% dos proprietários de empresas e líderes de RH dos EUA esperam contar com a ajuda da inteligência artificial para a resolução de demandas em 2024. O cenário é compreensível, uma vez que 85% disseram que já utilizam a ferramenta no dia a dia. O uso da IA é direcionado, sobretudo, para a automatização das atividades (41%); o crescimento de vendas (39%) e o gerenciamento de dados e análises (37%).
O estudo contou com 600 líderes de negócios e de RH, os quais identificaram como os principais desafios para o mundo dos negócios: o aumento das taxas de juros (65%); a inflação (63%) e a ameaça da desaceleração econômica do mercado global (63%). Já nas metas de RH, são incluídos como desafios:
- A gestão de riscos (como a remuneração dos funcionários) – 56%;
- O desenvolvimento da liderança – 54%;
- A atração de talentos – 53%;
- Recompensas e benefícios – 53%.
No Brasil, o ano de 2023 provou que a IA não é mais uma promessa futurista, mas sim uma realidade compartilhada a nível global, capaz de transformar profundamente os modos de operação e até de competição das empresas, ainda mais frente à crescente demanda por soluções tecnológicas avançadas. Inclusive, sete em cada dez companhias brasileiras pretendiam investir em inteligência artificial neste ano, segundo uma pesquisa divulgada pela consultoria Deloitte em abril.
Para concretizar a promessa, é fundamental apostar em ferramentas e estratégias a fim de garantir a capacitação tecnológica dos funcionários. A questão deixou de ser apenas uma tendência e transformou-se em necessidade, visto que cerca de 41% dos grandes nomes do mercado brasileiro vêm implementando ativamente a tecnologia em diversas áreas da companhia, conforme revelou um estudo da IBM – gigante tech da informação.
RH, desafios e IA: a tríade para 2024
À medida que as tarefas dos líderes de RH se tornam mais amplas, surgem outras soluções para a melhora da implementação da IA nos próximos 12 meses. A maioria dos líderes, 54%, pretendem usar a ferramenta generativa para apoiar o atendimento ao cliente. Outros 53% têm o desejo de fortalecer as operações de TI. No que diz respeito ao recrutamento, 52% dos profissionais devem direcionar o uso para examinar currículos de potenciais candidatos.
Do outro lado da moeda – ou melhor, do caderno -, a gestão de pessoas também vira foco nas agendas dos líderes. Entre eles, 53% planejam otimizar benefícios para atrair e manter funcionários estratégicos, visto que esta é a principal tática de retenção para 46% dos entrevistados.
Repensar táticas levando em conta a previsão de ascensão da IA no RH em 2024 insere os líderes em um contexto desafiador, mas ao mesmo tempo instigante. “Nosso estudo também descobriu que as organizações estão gastando mais de um quarto da semana, uma média de 40 horas de trabalho, em tarefas administrativas de RH. Isso consome quantidades significativas de tempo e dinheiro”, afirmou o vice-presidente de soluções corporativas e de RH da Paychex, Jeff Williams.
“Para compensar esses custos, quase todos os entrevistados disseram que irão contar com o apoio de tecnologias emergentes, como a IA, para aliviar a sobrecarga, que atinge todos na empresa, inclusive os resultados”, finalizou.
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