Trabalhadores encontram desafios para se desconectarem do trabalho

Segundo pesquisa da Eagle Hill Consulting, que revelou as dificuldades dos profissionais de se desconectarem do trabalho, 39% deles não tiraram férias no último ano

Os níveis de burnout têm diminuído desde o pico da pandemia de covid-19, mas os problemas enfrentados pelos trabalhadores em relação à saúde mental não parecem ir a lugar algum. A questão é uma bola de neve: há aquelas pessoas que não conseguem tirar férias, por diversas razões, e, entre as que podem usufruir do seu direito, ainda há muitas que não conseguem se desligar por completo quando afastadas do trabalho. 

Esse combo é a receita perfeita para aumentar os índices de burnout e diminuir o engajamento dos funcionários.

Uma pesquisa feita pela Eagle Hill Consulting já havia apontado que, embora  o burnout tenha diminuído, ele ainda permanece alto, com índice atual de 46%, contra 58% em agosto de 2022.

Agora, a consultoria descobriu que 39% dos profissionais não tiraram férias ou outra forma de descanso nos últimos 12 meses. Esse comportamento tem sido mais comum entre jovens profissionais (43%) e entre trabalhadores com rendas mais baixas (59%).

Entre os motivos para não conseguir tirar férias, não ter dinheiro para isso foi a resposta de 45% dos 1001 trabalhadores norte-americanos entrevistados. Para 33%, o problema foi a pressão interna que eles se impuseram para permanecerem atualizados no trabalho. Ter uma carga de trabalho muito alta foi o impeditivo para 29% dos entrevistados e não ter colegas de trabalho disponíveis para cobri-los foi o que impediu outros 29%.

A pesquisa também revelou que, mesmo entre aquelas pessoas que conseguiram tirar os seus períodos de férias, houve quem não conseguiu se livrar de comportamentos típicos de uma síndrome de burnout. Apenas 56% dos entrevistados disseram conseguir se desligar completamente das demandas profissionais durante o descanso. 

Muita gente têm tido dificuldade para se desconectar do trabalho, mesmo afastados. 27% daqueles que conseguem tirar férias ainda checam com frequência e-mails e mensagens de trabalho durante o período.

“É essencial para a produtividade e para a saúde mental que os trabalhadores periodicamente se desconectem totalmente das demandas do trabalho. Isso significa não checar os e-mails e não participar das reuniões virtuais durante as férias. Recarregar as energias é o mais importante enquanto a gente continua tendo altos índices de burnout”, escreveu em um comunicado à imprensa a presidente e CEO da Eagle Hill Consulting, Melissa Jezior. 

“Não são só os trabalhadores que se beneficiam por tirar um tempo para descansar. Empresas que encorajam seus profissionais a tirarem suas férias estão mais propensas a ter uma força de trabalho engajada em seu potencial máximo”, completa.

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