Lista de profissionais com maiores taxas de esgotamento cita ainda áreas da saúde, serviços sociais, qualidade e educação
Uma pesquisa do LinkedIn revelou que gerentes de projeto são os profissionais com maior taxa de burnout nos Estados Unidos.
O estudo, que entrevistou mais de 16 mil trabalhadores entre março e junho de 2024, mostrou que 50% dos gerentes de projeto relataram se sentir esgotados em suas funções. Esse número é maior que a média geral de 40% dos trabalhadores que se sentem presos e exaustos em seus empregos.
Entre os principais motivos para o esgotamento dos gerentes de projeto está o acúmulo de responsabilidades. Eles são responsáveis por planejar, organizar e gerenciar diversas ações, o que envolve equilibrar muitas tarefas, prazos rigorosos e mediar interesses.
“Eu trabalho com muitos gerentes de projeto, e a reclamação mais comum que ouço é que eles não têm suporte ou reconhecimento adequados. Isso contribui para o esgotamento”, comenta Kandi Wiens, diretora do programa de mestrado em Educação Médica da Universidade da Pensilvânia.
Além dos gerentes de projeto, trabalhadores das áreas de saúde, serviços comunitários e sociais, qualidade e educação estão entre os mais afetados. Nesses setores, o estresse está relacionado à pouca autonomia sobre os resultados do trabalho, além da alta carga emocional e a necessidade de lidar com situações delicadas, como o bem-estar de pacientes e crianças.
Wiens sugere que candidatos a vagas nessas áreas avaliem a cultura organizacional antes de aceitar uma oferta. Entrevistas são momentos ideais para questionar sobre o nível de apoio oferecido pela empresa e sobre os recursos disponíveis para garantir o bem-estar dos funcionários.
A campanha Setembro Amarelo nos lembra que as organizações têm um papel importante em apoiar a saúde mental dos funcionários, mas esse é um trabalho que precisa ser feito o ano todo.
Pausas regulares, jornadas de trabalho flexíveis, apoio psicológico e diálogo aberto sobre as expectativas e demandas do trabalho são algumas das medidas recomendadas para ajudar a reter talentos e melhorar a qualidade de vida.
Contudo, a solução definitiva envolve uma mudança cultural em que o bem-estar seja parte fundamental do sucesso organizacional, e isso depende de um esforço contínuo e de todos.