Metade dos trabalhadores não falam sobre saúde mental no trabalho

Pesquisa descobriu que Millennials são os menos propensos a falar sobre saúde mental no trabalho, enquanto Baby Boomers estão mais dispostos a conversar sobre o tema

Uma pesquisa da empresa de recrutamento Reed mostrou que mais da metade dos funcionários não se sente à vontade para revelar problemas de saúde mental ou questões psicológicas, como TDAH, burnout, ansiedade ou depressão, no local de trabalho.

O motivo mais comum para que as pessoas não falem sobre o assunto é que elas sentem que seriam julgadas negativamente. 36% afirmaram que se sentiriam muito expostas e vulneráveis. 

A pesquisa, que entrevistou mais de 2 mil pessoas em todo o Reino Unido, descobriu que os Millennials são a geração menos propensa a revelar problemas de saúde mental a seus colegas, com 57% afirmando que não se sentiriam confortáveis. 

Já os Baby Boomers são os que mais ficam à vontade, com 45% dizendo que não gostariam de se abrir.

Há uma divisão de gênero entre homens e mulheres, já que 54% dos homens entrevistados disseram que se sentem desconfortáveis ​​em falar sobre bem-estar com seus colegas, enquanto 49% das mulheres dizem o mesmo. 

No entanto, são as mulheres que se preocupam mais. 42% delas disseram que o principal motivo que as impede de tirar um dia de folga por motivos de saúde mental é a percepção negativa que as pessoas podem ter delas. Esse número é de 37% entre os homens. 

No geral, apenas 23% das pessoas que já sofreram alguma questão de saúde mental sentiram-se à vontade para tirar um dia de folga. Apesar de ser o grupo mais confortável para falar sobre o assunto, 73% dos Baby Boomers nunca tiraram uma folga visando o bem-estar. Já 66% dos trabalhadores da Geração Z tiraram uma folga por este motivo.

Embora o tema ainda seja um tabu, o estudo também mostrou que há alguns fatores que podem encorajar as pessoas a se abrirem mais:

  • É um assunto menos tabu do que antes – 38%
  • Colegas se abrindo sobre saúde mental e recebendo acolhimento – 32%
  • Amigos e familiares falando sobre saúde mental recebendo acolhimento – 24%
  • Aumento de discussões sobre saúde mental nas redes sociais – 24%
  • Aumento de debates com foco em saúde mental na TV – 19%

“Precisamos garantir que estamos incentivando os empregadores a criar ambientes de trabalho seguros e inclusivos nos quais os trabalhadores se sintam à vontade, e precisamos capacitar os candidatos a emprego e os funcionários a se sentirem confiantes se precisarem falar sobre sua saúde mental”, disse Simon Wingate, diretor administrativo da Reed.co.uk no Reino Unido, em comunicado à imprensa.

Para ele, esse diálogo aberto entre colegas de trabalho levará a uma maior satisfação e produtividade no trabalho e, por fim, a uma força de trabalho mais feliz e saudável.

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