Segundo pesquisa, taxa média de tempo de contratação aumentou em um dia no primeiro trimestre de 2023, chegando à média de 43 dias
Uma pesquisa feita pelas consultorias The Josh Bersin Company e AMS descobriu que o clima para o recrutamento de profissionais nas empresas continua passando por uma turbulência significativa, com as taxas de tempo para contratação em alta histórica.
Segundo o relatório, as taxas médias de tempo para contratação aumentaram um dia no primeiro trimestre de 2023. Atualmente, o processo leva em média 43 dias.
Em todos os setores, a pesquisa mostra uma lacuna cada vez maior entre funções “fáceis de preencher” e “difíceis de preencher”. Enquanto algumas vagas são preenchidas em 14 dias, muitas ficam abertas por dois meses ou mais.
O relatório também aponta que, se as empresas quiserem se manter competitivas e acompanhar as necessidades em rápida mudança de seus setores, o grande número de dias necessários para contratar é insustentável.
“Como mostram nossos dados, o tempo para contratar aumentou consistentemente nos últimos quatro anos. Não se engane, o mercado de contratação não ficará mais fácil tão cedo. As lideranças de RH precisarão continuar inovando e transformando suas estratégias para adquirir, desenvolver e reter talentos”, explicou Jim Sykes, diretor administrativo global de operações de clientes da AMS, em um comunicado à imprensa.
Em relação às regiões, as projeções de tempo de contratação para 2023 mostram um aumento significativo nos tempos de contratação mais longos para três delas. Segundo o relatório, a contratação na APAC (Ásia-Pacifico), na EMEA (Europa, Oriente Médio e África) e na LATAM (América Latina) será cada vez mais difícil e volátil este ano. A América Latina pode ter ainda mais problemas que outras regiões, com um salto nas taxas de contratação mais longas e um aumento de seis dias no tempo médio.
Na visão geral específica de setores, as empresas de Energia e Defesa levaram mais de 67 dias para substituir um especialista em 2022, e estes são setores que devem experimentar uma taxa de contratação ainda mais lenta em 2023.
“O que quer que esteja acontecendo na economia mundial atualmente, é claro que a oferta e a demanda não estão sincronizadas em termos do tipo de habilidades disponíveis e das lacunas que precisam ser preenchidas. Os verdadeiros pioneiros em gestão de pessoas e aquisição de talentos reconheceram isso, e estão pensando fora da caixa quando se trata de desenvolver pessoas, polinizar funções de outros lugares e manter ativamente a sucessão e os pipelines de novas funções”, disse Josh Bersin, analista global de pesquisa de RH e CEO da The Josh Bersin Company, em comunicado à imprensa.
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