Como já anunciado anteriormente pela instituição, demissão em massa deve alcançar mais de três mil funcionários
O banco americano Goldman Sachs anunciou a demissão de 3.200 funcionários a nível global, como resposta às incertezas econômicas e os rumores de uma recessão que estaria a caminho.
A companhia conta com cerca de 49 mil funcionários espalhados pelo mundo e vinha em franca expansão, tendo contratado mais de 10 mil trabalhadores desde 2019.
Outros gastos também serão revistos, desde o pagamento de bônus aos funcionários até a compra de dois aviões, feita há cerca de 3 anos. “Estamos buscando economias em todas as áreas e setores. Na situação em que estamos, seria ridículo focar em algum segmento ou item específico”, disse uma fonte do banco ao portal britânico BBC.
Segundo números divulgados no final do ano, a receita do Goldman Sachs teve uma redução de 20% nos primeiros nove meses de 2022, se comparado com o mesmo período de 2021.
Outras empresas do setor também vem anunciando medidas para conter a crise. O rival Stanley Morgan, por exemplo, demitiu cerca de 1.700 funcionários em novembro de 2022.
Crise sem demissões
Já o Bank of America divulgou em dezembro que mesmo com todas as ameaças econômicas, não pretende realizar uma demissão em massa.
Apesar de reconhecer a necessidade iminente de reduzir custos e diminuir a força de trabalho da empresa, a liderança do banco anunciou que pretende utilizar a rotatividade natural de pessoal para remodelar as equipes da instituição.
O CEO, Brian Moynihan, aproveitou um evento com investidores para falar sobre a situação. “Nós temos cerca de 215.000 funcionários e precisamos diminuir esse número. Não iremos demitir funcionários, mas vamos usar nossa habilidade para reduzir a equipe rapidamente com o turnover que ocorre naturalmente”, afirmou ele.