Bank of America quer enfrentar a crise sem cortes de pessoal

O presidente do Bank of America afirmou que pretende usar a rotatividade natural das equipes para evitar cortes

O CEO do Bank of America, Brian Moynihan, anunciou que o banco não pretende fazer cortes de pessoal frente a possível recessão que se avizinha, mesmo com a evidente necessidade de reduzir custos e o tamanho da força de trabalho da empresa.

O rival Morgan Stanley, por exemplo, comunicou em novembro de 2022 a demissão de mais de 1.700 funcionários a nível global. O Goldman Sachs também deve seguir o mesmo caminho, apesar de ainda não ter divulgado o número exato de funcionários que serão mandados embora. Existem especulações de que mais de 4.000 profissionais sejam afetados.

Mas o anúncio do gestor não significa que a companhia não terá uma redução no número de trabalhadores. A ideia de Brian é usar a rotatividade natural de pessoal para remodelar a força de trabalho da instituição, permitindo que cargos fiquem vagos, transferindo e treinando pessoas para ocupar novos postos.

O curioso é que, na crise de 2008, o executivo ganhou fama exatamente pelo comportamento oposto. À época CEO da Delta Airlines, anunciou o plano de demitir metade dos funcionários da empresa – cerca de 100 mil pessoas – no prazo de 10 anos.

Mas nos últimos anos Brian vem mudando de estratégia. Já a frente do Bank of America, anunciou em 2021 o aumento do salário mínimo pago na empresa, um incremento no pacote de benefícios dos funcionários, além de bônus em dinheiro e ações.

Em um evento com investidores, em dezembro de 2022, o executivo admitiu a necessidade de reduzir a força de trabalho. “Nós temos cerca de 215.000 funcionários e precisamos diminuir esse número”, disse ele.

“Nós não iremos demitir funcionários, mas vamos usar nossa habilidade para reduzir a equipe rapidamente com o turnover que ocorre naturalmente”, completou Brian.

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