Quiet quitting pode ser culpa de chefes ruins

Segundo especialistas, o quiet quitting pode ter mais a ver com um líder mal preparado do que com os profissionais

Nos últimos dias, o termo “quiet quitting” ganhou manchetes, popularizado por jovens em redes como TikTok e Instagram. A ideia por trás dele, basicamente, é fazer o menor esforço possível no trabalho, entregando apenas o mínimo necessário.

Mas, segundo um novo estudo da Harvard Business Review, esse tipo de comportamento pode estar mais ligado a chefes ruins e com baixa capacidade de construir relacionamentos com seus times. Ou seja, o problema seria da liderança.

Para isso, os pesquisadores avaliaram dados de avaliação de desempenho de 2.801 gerentes americanos desde 2020, avaliados por 13.048 subordinados diretos. Como resultado, descobriu-se que os gerentes com avaliações mais baixas também tinham três a quatro vezes mais pessoas em seu time que se enquadram como “desistentes silenciosos”.

“Muitas pessoas, em algum ponto de suas carreiras, trabalharam para algum gestor que as levaram ao quiet quitting“, escreveram os autores. “Isso vem do fato de se sentirem desvalorizadas e pouco apreciadas. É possível que os chefes fossem enviesados ou então tivessem comportamentos inapropriados. A falta de motivação dos empregados era uma reação às ações do gestor”.

O efeito da liderança na produtividade e satisfação dos times é um velho conhecido. Fora isso, em tempos de busca por mais equilíbrio e bem-estar, vale perguntar se o quiet quitting nada mais é que alguém fazer apenas o trabalho para o qual foi contratado.

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