O fim do hype das big tech? Em busca de trabalhos com mais propósito, jovens saem de grandes empresas para atuar em prol do meio ambiente
Depois de trocar Wall Street pelo Vale do Silício, jovens talentos estão abandonando as big tech e migrando para as empresas especializadas em utilizar tecnologia para diminuir o impacto no meio ambiente, conforme reportou o site Protocol.
Segundo dados da Climatebase, um portal que divulga empregos na área de tecnologia climática, mais de 500 mil pessoas migraram de área por meio da plataforma desde 2020.
E não são apenas engenheiros de software, analistas e desenvolvedores que estão trocando gigantes pelas empresas que atuam com questões ambientais.
Bill Gates e Chris Sacca, um dos maiores investidores de risco da história, também fundaram empresas voltadas para o clima. Mike Schroepfer recentemente ganhou as manchetes por deixar seu cargo de CTO na Meta para dedicar suas energias à crise climática.
Além de atrair pela novidade, a debandada acontece pela busca de mais propósito pelos trabalhadores, que querem gerar um resultado mais positivo no mundo através do trabalho. Antes vistas como pólos de inovação e disrupção, as big tech começaram a frustrar alguns desses profissionais.
A engenheira de software Cassandra Xia, por exemplo, se demitiu do Google no meio da pandemia depois de perceber que a empresa “ficaria bem” sem ela, enquanto que o impacto que ela poderia ter trabalhando com tecnologia para o clima seria muito maior.
No Google, ela contou ao Protocol, ela trabalhava em coisas como predições de taxas de cliques, algo que já teve diversos tipos de soluções desenvolvidas. Já o clima, por outro lado, “é um problema que ainda não foi resolvido, não há ainda realmente uma solução reiterada”.