Novo relatório alerta sobre a importância de praticar a liderança empática nas empresas a fim de aumentar os sentimentos de pertencimento e satisfação dos funcionários
Apesar das incertezas que permeiam qualquer assunto quando falamos sobre o futuro, algumas tendências já foram delineadas para 2024 pela empresa de software OC Tanner, que divulgou o Relatório de Cultura Global de 2024 com algumas conclusões para este ano que se inicia. Uma delas reflete sobre a ausência de empatia na liderança no universo corporativo. Segundo o estudo, no Reino Unido, apenas 51% dos funcionários consideram que seus gestores são empáticos.
Ou seja, para os próximos capitulos de 2024, o cenário ainda precisa ser transformado a favor do bem-estar individual e da equipe, visto que os trabalhadores tendem a permanecer por mais de dois anos nas empresas quando existe a presença de uma liderança empática, conforme destacou a pesquisa. O relatório foi projetado com dados e insights de mais de 42 mil funcionários, líderes e profissionais de RH de 27 países.
“A abordagem empática fortalece as ligações entre os líderes e os trabalhadores, mas é pouco provável que ela seja eficaz se a iniciativa for vista como vazia e sem sentido, devido à falta de ações de acompanhamento”, ressaltou o diretor-geral da sede na Europa, Robert Ordever.
De acordo com Robert, a liderança empática é crucial e deve ser acompanhada de ações significativas para que o discurso do líder não pareça vazio ou inseguro. Para ele, projetos com pouca utilidade devem ser descartados. No seu lugar, devem entrar ações afirmativas e diversificadas.
A liderança em 2024: o caminho da empatia
Ano novo, liderança nova. Esta é a premissa que o relatório indica. E para promover a empatia no ambiente de trabalho, sobretudo por meio de uma comunicação corporativa honesta e responsável, a OC listou algumas dicas para as companhias:
- Concentre-se nas necessidades dos funcionários;
- Busque a compreensão;
- Procure ouvir e dialogar;
- Abrace novas perspectivas;
- Tome medidas de apoio;
- Respeite os limites.
Durante os 366 dias de 2024, a liderança enfrentará outros desafios, assim como em qualquer outro período de qualquer outro ano. No Brasil, não é diferente.
Segundo a Pesquisa Panorama Liderança 2023, há outros aspectos a serem remodelados para o aprimoramento dos diferentes estilos de liderança no futuro, tais como a capacidade de adaptação e flexibilidade (40%), inovação e criatividade na resolução de problemas (39%) e o alinhamento entre propósito, valores e cultura organizacional (37%).
“Os componentes emocionais da empatia podem ter resultados negativos, fazendo com que os membros da equipe se sintam mais chateados e instáveis. […] É importante que os líderes recebam as habilidades necessárias para serem empáticos, ao mesmo tempo que mantêm os seus limites emocionais no reconhecimento e na regulação das suas próprias emoções”, finalizou Robert.
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