Assim como no filme Clube da Luta, a primeira regra dos multi-jobbers é não falar que têm dois empregos. Atitude é vista como uma forma de se vingar das demissões das empresas e aumentar os rendimentos
Se aproveitando do fato de não precisarem ir fisicamente ao escritório, algumas pessoas estão trabalhando em dois ou mais lugares simultaneamente. Os “multi-jobbers”, como são chamados, se alternam em dois ou três e-mails corporativos e, às vezes, até reuniões ao mesmo tempo.
Segundo uma pesquisa da Econolight, cerca de 50% dos americanos entrevistados já atuaram em duas empresas paralelamente.
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Só que o malabarismo para garantir que uma não saiba da outra equivale a quase um terceiro turno − além do risco de se confundir ao enviar uma mensagem ou ser descoberto por uma postagem no Linkedin.
O Overemployed, por exemplo, é um site dedicado a compartilhar estratégias para as profissionais conseguirem conciliar dois empregos remotos em tempo integral. Segundo o portal, para ser um multi-jobber de sucesso é preciso:
- Ser uma pessoa com alguma coragem e disposta a correr riscos;
- Estar em uma das empresas e função há alguns anos, se tornando razoavelmente competente e eficiente para trabalhar de forma mais inteligente;
- Adquiriu algumas habilidades especializadas, permitindo definir seus próprios horários e diminuindo a necessidade de estar em reuniões;
- Ter autodisciplina, ser um bom comunicador e ter a capacidade de compartimentar a troca de contexto.
Há quem diga que essa é uma forma de as pessoas aumentarem a renda, além de ser um jeito de se vingarem das empresas que demitem os empregados sem pensar duas vezes. Recentemente, a história de um executivo que trabalhava em várias agências de publicidade em São Paulo viralizou nas redes sociais. Uns defendiam que, por não ter vínculo CLT, a poligamia corporativa era justa. Outros se preocupavam com o conflito de interesses.
Com informações da Forbes.