O escritório físico não acabou

Nos Estados Unidos, o escritório físico ainda é a aposta das big tech.

As empresas de tecnologia foram as primeiras a adotar o home office na pandemia e muitas declararam que a prática seria definitiva. Modelos como o full remote e o trabalho híbrido ganharam as bocas de empresas e pessoas, prometendo mudar para sempre a maneira de trabalharmos.

Mas, ainda assim, as empresas continuam investindo em escritórios – e, curiosamente, são as big tech que dominam os investimentos.

Dados da consultoria imobiliária americana CBRE mostram que as companhias de tecnologia detinham 36 dos 100 maiores escritórios dos Estados Unidos em 2021. Um ano antes, esse número era de 18.

Para essas empresas, o escritório físico parece longe de estar com os dias contados. Mas a tendência, comentam especialistas, é que os escritórios sejam cada vez mais vistos como espaços de encontro e de colaboração, enquanto boa parte do trabalho poderá ser feito de outros lugares. Essa é a premissa, pelo menos, de várias empresas que estão adotando o modelo híbrido de trabalho, no qual as pessoas poderão escolher entre trabalhar alguns dias da semana de casa e outros presencialmente.

No total, isso equivaleria a cerca de 40 milhões de metros quadrados de espaço ocupado pelos escritórios. E o domínio das big tech na locação de espaços é tão grande que, no ranking da CBRE, o segundo lugar está não com outro grupo do setor privado, mas com o governo federal dos EUA, que detém menos da metade do espaço de escritórios que a indústria de tecnologia possui. Segundo a CBRE, no geral, as locações corporativas aumentaram 27% no ano passado. 

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