Brasil ocupa o 2º lugar em índice latino-americano de IA

Estudo aponta que o Brasil é forte em infraestrutura, capital humano e disponibilidade de dados em relação à IA; país fica atrás apenas do Chile

O Brasil ocupa o segundo lugar no Índice de Inteligência Artificial na América Latina, ficando atrás apenas do Chile. O índice analisou a situação da IA ​​em 12 países latino-americanos. 

Segundo os resultados, o Brasil possui nota 65,31 e o Chile 73,21. Eles são seguidos por: Uruguai (54,99), Argentina (54,76), Colômbia (53,18), México (48,55), Peru (41,66), Costa Rica (38,97), Panamá (24,66), Equador (22,17), Paraguai (18,82) e Bolívia (15,10).

Os pontos de maior destaque do Brasil, de acordo com a pesquisa, são a infraestrutura, o capital humano, a disponibilidade de dados e a governança na área de inteligência artificial. 

Em termos de infraestrutura, o relatório aponta que o Brasil é entendido como um país que tem excelente conectividade, o que facilita o acesso à internet por uma grande parte da população. A disponibilidade do 5G, ainda que apenas para uma parte dos brasileiros, é uma oportunidade para impulsionar a IA em vários setores, aponta a pesquisa. 

O número de dispositivos no país é considerado alto, apesar do Brasil ter menos data centers do que os outros países, e o acesso e disponibilidade das informações também é um ponto forte. 

Outro ponto de destaque é o desenvolvimento de talentos. Segundo a pesquisa, neste campo, o Brasil possui alta alfabetização em IA. O país também é o único da região com elementos específicos da tecnologia no currículo escolar.

No entanto, também há desafios e oportunidades nessa área, principalmente na formação de capital humano avançado, como profissionais com mestrado, doutorado e PhD.

Em termos de adoção, o relatório aponta que há uma dualidade. No setor privado, o Brasil possui mais empresas de IA do que a média na América Latina. No entanto, não há informação pública sobre gastos do governo com pesquisa e desenvolvimento. 

Ainda que o Brasil esteja na segunda posição do ranking, o próprio estudo chama a atenção para o fato de que nenhum país tem 100% de capacitação em relação à IA. 

“Nenhum país concentra todas as coisas consideradas essenciais e que são avaliadas neste índice. Nenhum país o faz perfeitamente. O Chile, por exemplo, apresenta um bom desempenho na parte de pesquisa, mas tem um desempenho ruim nos elementos de patenteação. O Brasil e o México concentram cerca de 95% das patentes de IA na região”, disse o diretor Rodrigo Durán, durante a apresentação do índice. 

O relatório também destaca que a presença de habilidades tecnológicas e disruptivas ligadas à IA é menor na América Latina (2,16%) do que no restante do mundo (3,59%). O documento ainda aponta que a chave para que a região avance em relação ao desenvolvimento da IA é a colaboração entre os países.

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