Pesquisa feita pela Glassdoor mostrou que 41% dos profissionais sentem que sua produtividade diminui ao serem submetidos a ferramentas de monitoramento
O home office imposto pela pandemia, e a sua permanência após ela, levou alguns empregadores a investirem em ferramentas de monitoramento dos funcionários como uma forma de lidar com a perda do controle presencial e garantir, ainda que apenas em teoria, a produtividade. No entanto, diversos estudos mostram que esse tipo de iniciativa pode ser contraproducente.
Esta semana, a Glassdoor entrevistou 2.385 profissionais dos Estados Unidos para entender as suas percepções sobre o uso de softwares de monitoramento de trabalho. Segundo a pesquisa, 41% dos entrevistados sentem que, ao serem monitorados, são menos produtivos.
Ainda há uma outra questão: saber se está sendo monitorado ou não. De acordo com a pesquisa do Glassdoor, 36% das pessoas sequer sabem se estão sendo monitoradas.
O estudo também analisou a percepção dos funcionários sobre o monitoramento de acordo com a área de atuação. Entre aqueles que acreditam que a vigilância prejudica a produtividade, os profissionais de finanças lideram a lista, com 43%, seguidos pelos de tecnologia, 43%, e os de consultoria, com 39%.
Por outro lado, os profissionais de contabilidade parecem ser os mais confortáveis com a vigilância do empregador, com 25% dizendo que o monitoramento não prejudica a sua produtividade. Eles também são os mais inseguros sobre estarem sendo monitorados, com 41% dizendo que não sabem se seu empregador o faz.
Outro estudo feito em 2023, dessa vez pela 15Five, mostrou que, para um terço dos gerentes, o monitoramento não teve impacto na produtividade e, para um quarto deles, a vigilância levou os trabalhadores a buscarem novos empregos. Um quinto dos entrevistados disse que monitorar os seus funcionários fez com que eles sabotassem ativamente as suas organizações.
O estudo também apontou uma desconexão entre gerentes e funcionários em relação ao tema da vigilância. Enquanto dois terços das lideranças disseram acreditar que os softwares de rastreamento de produtividade melhoraram o desempenho dos funcionários, 72% dos profissionais disseram que o sistema diminuiu ou não teve impacto no seu desempenho.
Outra pesquisa feita pela 1E apontou que mais de 80% das lideranças e dos funcionários da área de tecnologia da informação já presenciaram os impactos negativos da adoção de ferramentas de vigilância, como a queda de lealdade e de confiança na liderança e o prejuízo à saúde mental dos funcionários.
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