Segundo pesquisa da 1E, mais de 80% dos profissionais de T.I. já presenciaram impactos negativos da vigilância de produtividade, como ansiedade, estresse e burnout
O trabalho flexível trouxe com ele uma maior preocupação das empresas em monitorar o comportamento dos funcionários durante o horário de trabalho. Com isso, elas passaram a investir mais em softwares de monitoramento. Mas uma nova pesquisa mostra que toda essa vigilância pode ser excessiva e prejudicar a saúde mental dos funcionários.
Segundo dados obtidos pela empresa de serviços digitais 1E, mais de 80% das lideranças e dos funcionários da área de tecnologia da informação já presenciaram os impactos negativos da adoção de ferramentas de vigilância.
As consequências do monitoramento exacerbado podem ser a queda de lealdade e de confiança na liderança, comportamentos que foram observados por um terço dos gerentes de TI entrevistados.
Em relação à saúde mental, 30% dos trabalhadores de TI disseram ter presenciado um aumento na ansiedade e 28% perceberam sinais de burnout.
Entre os entrevistados, 52% disseram que recusariam uma posição que desejam se soubessem que a empresa usa tecnologia para vigiar a produtividade dos funcionários.
De acordo com o estudo, 79% das empresas que ainda não utilizam ferramentas para vigiar seus funcionários pretendem implantá-las em até três anos. Uma outra pesquisa já havia apontado que 60% das empresas que oferecem a possibilidade de trabalho híbrido ou remoto usam esse tipo de software.
O estudo feito pela 1E não é o primeiro a documentar os prejuízos de monitorar a produtividade dos funcionários por meio de softwares. Um relatório de 2021 feito pelo Conselho de Pesquisa da Comissão Europeia apontou que a vigilância pode diminuir a satisfação com o trabalho e o comprometimento organizacional, assim como elevar o estresse.
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