“Gerenciar o seu gerente” leva a melhores relações no trabalho

Técnica de “gerenciar o seu gerente” implica que funcionários tomem a iniciativa de manejar seus relacionamentos com os seus chefes 

Uma pesquisa feita pela Universidade Internacional da Flórida (FIU Business) mostra que uma forma de ter melhores relacionamentos no ambiente de trabalho é o que eles chamam de aprender a “gerenciar a sua liderança”. 

Segundo o relatório, na prática, “gerenciar o seu chefe” (do inglês manage your boss ou MYB) significa que os funcionários devem tomar a iniciativa de manejar proativamente o seu relacionamento com os seus chefes, entendendo as metas, as necessidades ou estilos de trabalho deles e, com isso, adaptando suas prioridades e ações de trabalho.

A prática é um ciclo: ela está ligada a um melhor relacionamento de trabalho com uma pessoa supervisora, que por sua vez, está associada a gerentes que dão melhores avaliações de desempenho a seus funcionários.

“A nossa concepção de ‘gerenciar o seu chefe’ reconhece que os funcionários podem se sentir capacitados a agir para estabelecer um bom relacionamento e fazer com que ele funcione sem problemas. Os funcionários podem ser proativos fazendo um esforço para entender as prioridades e o estilo de seu gerente; adaptando-se para que estejam em sincronia com seu chefe”, explicou Ravi Gajendran, professor de liderança global e gerenciamento da FIU Business, e líder da pesquisa, em um comunicado à imprensa

A pesquisa destaca que essa prática é importante porque, em uma força de trabalho em constante mudança, muitos gerentes fazem malabarismos com muitas responsabilidades e não têm tempo de sobra. E, às vezes, isso faz com que os funcionários se sintam fora de sincronia com as mudanças nas expectativas. Em um mundo ideal, se o funcionário puder antecipar as metas, planos, prioridades e fraquezas de seu gerente, ele poderá tomar ações que se alinhem às expectativas.

O estudo também aponta que gerenciar o seu gerente é importante, principalmente, em trabalhos mais desestruturados, aquelas situações em que os trabalhos não são padronizados e há uma ausência de liderança por parte dos gerentes, que não fornecem orientação ou feedbacks

“Se o trabalho estiver especificado – por exemplo, gerenciamento de despesas de viagem – e não houver muitos desvios, a prática pode não ser tão valiosa. Mas, se for mais criativo, com mudanças dinâmicas de funções proativas, a iniciativa do funcionário é mais importante, assim como a capacidade de elaborar o trabalho para estar em sincronia com o gerente”, explicou Ravi Gajendran.

Na primeira fase da pesquisa, foram entrevistadas 1.313 pessoas. Mais tarde, em uma amostra combinada de 200 funcionários e gerentes, os funcionários classificaram alguns comportamentos típicos de gerenciamento de gerentes, enquanto os gerentes classificaram o desempenho do trabalho dos funcionários.

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