Depois do “quiet quitting”, chegou a vez do “loud quitting”

Pesquisa da Gallup descreve “loud quitting” como a prática de funcionários não se manterem em silêncio em relação ao descontentamento com as empresas

Depois do “quiet quitting“, em que as pessoas deixam de se engajar no trabalho e passam a fazer apenas o que é exigido delas naquela função, chegou a vez do “loud quitting”. Segundo um relatório feito pela Gallup, o termo é usado para descrever os funcionários que não se mantêm em silêncio em relação ao descontentamento com a organização.

A pesquisa mostra que 18% dos trabalhadores têm praticado o “loud quitting”, enquanto 59% estão em “quiet quitting” e apenas 23% acreditam ser engajados no trabalho. Foram entrevistados mais de 120 mil funcionários ao redor do mundo. 

Para a Gallup, esses “desistentes barulhentos” podem tomar ações que prejudicam diretamente a organização, enquanto minam os seus objetivos de desenvolvimento e se opõem às lideranças

“Em algum momento ao longo do caminho, a confiança entre empregado e empregador foi severamente quebrada. Ou o funcionário foi lamentavelmente incompatível com uma função, causando crises constantes”, diz o relatório. 

A prática do “loud quitting” pode representar muitos riscos para a organização. Uma das formas de se endereçar essa questão pode ser através de programas de bem-estar e saúde mental, já que a pesquisa também descobriu que 56% das pessoas em “loud quitting” sentem “muito estresse” diariamente. 

Essa falta de engajamento também representa uma dificuldade maior para as empresas reterem talentos. Segundo a pesquisa, ambos os tipos de funcionários estão mais propensos a trocarem de emprego, ainda que por uma remuneração menor. Já os trabalhadores engajados precisam de, ao menos, um aumento salarial de 31% para considerar uma mudança de trabalho. 

Os dados mostram que 61% das pessoas em “loud quitting” estão procurando ativamente um novo emprego, em comparação com 43% dos trabalhadores engajados.

″Eles representam uma imensa oportunidade de crescimento econômico… Liderança e gerenciamento influenciam diretamente o engajamento no local de trabalho, e há muito que as organizações podem fazer para ajudar seus funcionários a prosperar no trabalho”, aponta o relatório.

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