Para 75% dos RHs, a gestão de pessoas ganhou relevância nos últimos três anos, mas a falta de proximidade com a liderança e autonomia limitam os resultados
Nos últimos anos, o RH conquistou mais espaço dentro das empresas. Mas será que essa evolução tem sido acompanhada de uma atuação realmente estratégica?
Segundo a pesquisa Raio-X do RH, realizada pela Think Work em parceria com o iFood Benefícios, sete em cada dez profissionais acreditam que a gestão de pessoas ganhou importância recentemente. No entanto, menos da metade dos entrevistados enxerga um RH plenamente alinhado aos objetivos do negócio.
O desafio de transformar influência em estratégia
Segundo o relatório, 85% das organizações esperavam melhorar seus resultados, mas apenas 47% pretendiam contratar mais pessoas.
Isso significa que o RH precisa encontrar formas de impulsionar a produtividade de quem já “é de casa”.
Para isso, investimentos em treinamento, automação de tarefas e ações para cuidar da saúde e bem-estar são algumas das principais alavancas usadas pelo departamento.
Mas apenas boas ideias não bastam para trazer visibilidade para os RHs, é preciso uma conexão muito próxima com a gestão para assumir uma posição mais tática.
A pesquisa aponta que, quando não tem um papel ativo e prestigiado junto à liderança, os resultados das ações são baixos: onde o RH não é valorizado, apenas 6% das organizações atingiram suas metas em 2024. Já nas empresas onde o setor tem autonomia e participa das decisões, 51% esperam cumprir suas metas e 14% preveem superá-las.
Caminhos para um novo RH
Para que o RH se torne mais estratégico, a pesquisa aponta que é interessante priorizar desafios específicos, usar mais os dados na tomada de decisões, focar em inovação e cuidar também do bem-estar dos profissionais da área.
Além disso, pensando em aproximar o departamento dos líderes, um bom caminho tem sido o modelo de business partner. Os dados mostram que ele tem sido adotado por 57% das companhias para conectar a gestão de pessoas às lideranças.
A reflexão que fica é de que para o RH consolidar de vez o seu papel, ele depende de uma abordagem mais ativa e integrada ao negócio, que não atenda apenas pilares operacionais, mas que também possa contribuir ativamente com o planejamento e desenvolvimento das empresas.