Para buscar seus direitos em tempos de home office, trabalhadores promovem manifestações em salas online ou simplesmente desconectam seus computadores
Os funcionários da empresa pública de tecnologia do Rio Grande do Sul, a Procergs, entraram em greve em 18 de janeiro para reivindicar reajustes de salário e benefícios, além de manutenção das cláusulas do Acordo Coletivo. Como os trabalhadores estão de home office, a manifestação foi virtual.
O sindicato criou uma sala no Google Meet e convocou os trabalhadores a participarem do ato. No primeiro dia, 18, cerca de 180 apoiadores ingressaram na reunião. Na semana seguinte, eram 230, incluindo funcionários de outras empresas públicas de tecnologia.
As greves virtuais devem se tornar cada vez mais frequentes. Nos Estados Unidos, trabalhadores do McDonald ‘s, Amazon e Google, por exemplo, já realizaram protestos desse tipo, sendo que alguns organizaram piquetes em redes sociais enquanto outros simplesmente se desconectaram da plataforma de trabalho.
Apesar de parecer uma novidade, outras greves virtuais já aconteceram no passado. Em setembro de 2007, uma manifestação online a favor dos empregados da IBM na Itália foi organizada no jogo Second Life. Imagens da época mostram os avatares segurando cartazes do protesto.