Cresce número de empresas que oferecem licenças remuneradas

Segundo pesquisa, houve aumentos significativos entre organizações que oferecem licenças parentais remuneradas nos EUA, onde não há obrigatoriedade por lei

Uma pesquisa feita pela Society for Human Resource Management, nos Estados Unidos, mostrou que as empresas têm investido cada vez mais em benefícios de suporte familiar como ferramentas de atração e retenção de talentos

Segundo o estudo, foram percebidos aumentos significativos, a partir de 2022, entre as organizações que oferecem licença-maternidade e paternidade remunerada (5 pontos percentuais cada), licença parental (6 pontos percentuais) e licença para adoção (6 pontos percentuais). 

A pesquisa atribui esse crescimento, em parte, à necessidade de maior apoio familiar que foi gerada com a pandemia e que pode ter evoluído para benefícios parentais de longo prazo. 

Ao contrário do Brasil, os Estados Unidos não possuem uma lei federal que garanta a licença-maternidade e paternidade remuneradas. 

Outra descoberta é que, agora, mais da metade das empresas oferecem espaços para que as pessoas amamentem seus filhos no local. No entanto, o próprio estudo explica que esse aumento deve estar ligado à maior proteção federal sobre o assunto. 

No ano passado, o Congresso norte-americano expandiu os direitos dos trabalhadores e incluiu mais categorias entre aquelas que devem receber garantias de espaço e tempo para amamentar ou retirar o leite durante o trabalho. 

Outro aumento moderado ocorreu em relação às licenças remuneradas para cuidar de familiares imediatos. Em 2023, 33% das empresas a oferecem. 

Já em relação aos animais, o seguro para pets era oferecido por 14% das organizações em 2022 e, agora, chegou ao patamar dos 19%. 

No ranking dos mais importantes para os trabalhadores, os benefícios de licença estão empatados com a aposentadoria em segundo lugar.

“No mercado de trabalho atual, os benefícios patrocinados pelo empregador atuam como uma ferramenta importante de recrutamento, mas também são essenciais para a experiência do funcionário e, portanto, para a retenção, satisfação e engajamento. Os empregadores estão ouvindo seus funcionários sobre seus próprios desejos e necessidades, mas também as necessidades de suas famílias, como demonstrado pelo aumento dos benefícios de apoio familiar e o surgimento de despesas de viagem pagas para cuidados médicos”, disse Alex Alonso, Ph.D e diretor de conhecimento da SHRM, em comunicado à imprensa. 

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