Pesquisa aponta que, embora 58% dos pais e mães gostem da flexibilidade de horários, a solidão e a ausência de benefícios para o cuidado com os filhos também são desafiadores
Pais e mães têm enfrentado diversos problemas em relação ao equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Segundo uma pesquisa feita pela Bright Horizons, questões como a solidão e a ausência de políticas de cuidado com os filhos têm ficado mais fortes.
De acordo com o estudo, 58% dos pais e mães que trabalham disseram que o aumento da flexibilidade no horário proporciona alívio e satisfação. No entanto, algumas pessoas que estão em regime de home office ou híbrido têm experimentado o isolamento.
Cerca de 47% das pessoas entrevistadas disseram que só conversam com as pessoas de sua casa e 41% disseram que passam dias sem sair para a rua. Os pais e mães das gerações Z e Millennial são os mais afetados por essas questões.
Entre os entrevistados, 40% disseram que não têm acesso aos serviços de cuidados infantis que precisam. Entre eles, 41% afirmaram que o custo é um impeditivo. Como já era de se imaginar, o estresse com o cuidado com os filhos têm afetado o trabalho de pais e mães, com metade dos entrevistados dizendo que sua produtividade é afetada quando estão estressados.
Mesmo com esses problemas, boa parte dos pais e mães prefere não relatar os problemas às suas lideranças. Cerca de 42% temem que falar sobre preocupações e conflitos relacionados ao trabalho híbrido ou remoto pode resultar em uma volta ao trabalho presencial.
Eles também relatam a ausência de benefícios para trabalhadores com filhos que trabalham de forma presencial. 34% deles dizem não ter quaisquer benefícios para ajudar a gerenciar seu equilíbrio pessoal entre vida pessoal e profissional.
Nesse ponto, entra a responsabilidade dos empregadores. Metade dos entrevistados disseram que gostariam que suas organizações fizessem mais, como oferecer auxílio-creche, creche na empresa ou benefícios flexíveis.
A pesquisa entrevistou mais de 2 mil trabalhadores que são pais e mães nos Estados Unidos.
“O momento agora é para os empregadores intervirem para preencher esses vazios. Isso inclui programas de benefícios claramente definidos, serviços de apoio mental e profissional, bem como acesso a cuidados infantis e adultos de qualidade”, disse o CEO da Bright Horizons, Stephen Kramer, em comunicado à imprensa.
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