Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte descobriram que, embora a resiliência tenha oscilado quanto maior o período analisado, algumas experiências podem ajudar a manter o engajamento elevado
Resiliência é um processo e não uma característica inata ao ser humano. Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte entrevistaram semanalmente 314 integrantes de uma banda universitária durante três meses.
As perguntas foram elaboradas para coletar dados sobre participantes individuais e suas características emocionais e pessoais. Para avaliar como a resiliência estava funcionando nos indivíduos ao longo do tempo, os pesquisadores também perguntaram aos participantes do estudo sobre seu compromisso com a banda marcial como uma organização, bem como seus sentimentos de “burnout” – especificamente, exaustão emocional relacionada ao seu trabalho na organização.
Os pesquisadores descobriram que, em média, a exaustão emocional aumentou com o tempo ao passo que comprometimento diminuiu. Porém, os recém-chegados eram mais resilientes ao longo do período de estudo.
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E aqueles que apresentavam altas pontuações, nas avaliações de estabilidade emocional, eram mais capazes de manter níveis de comprometimento elevados. Por fim, os pesquisadores constataram que os estudantes com trajetórias positivas tinham maior probabilidade de planejar o retorno à banda no ano seguinte.
“Uma lição aqui é que as pesquisas anuais com funcionários podem não ser a melhor maneira de avaliar a resiliência e o compromisso deles com a organização”, diz Patrick Flynn, coautor do estudo e professor assistente de recursos humanos na Carolina do Norte Poole College of Management da State University.
Isso porque as pesquisas anuais fornecem instantâneos, enquanto a resiliência é um processo dinâmico que flutua. As empresas também devem ter em mente que, embora a resiliência não seja algo estático, algumas experiências podem ajudar a manter o engajamento elevado. É isso que as organizações precisam ter em mente.