Insatisfação cresce na Apple

Insatisfeitos, colaboradores querem se unir para cobrar a Apple.

Pela primeira vez, funcionários da Apple estão se organizando para criar um sindicato. Duas lojas da marca estão prestes a oficializar uma representação junto ao Ministério do Trabalho americano – e outras tantas estão indo pelo mesmo caminho, como reportou o site Futurism.

Entre as razões para o movimento, estão queixas relacionadas aos salários dos vendedores, que permanecem sem reajuste enquanto os lucros da Apple disparam ano após ano. Porém, há também algo inusitado: por medo de espionagem, os organizadores do movimento entre os funcionários estão usando celulares Androids ao invés de iPhones.

Embora a atitude possa parecer alarmista, em 2021, a Apple chegou a demitir uma funcionária chamada Ashley Gjøvik, após ela denunciar assédio sexual, preocupações ambientais e a existência de uma cultura interna de vigilância.

Ashley chegou a escrever que a corporação, além disso, tinha como prática a intimidação e alienação dos colaboradores. “Os funcionários são monitorados de perto e nossos dados são guardados em nome do segredo e qualidade”, ela disse em seu Twitter.

Não sabemos se a Apple está mesmo espionando funcionários, mas a lição que fica é o perigo do clima de desconfiança nas empresas. O sindicato, afinal, de ser só a ponta do iceberg: a motivação, a satisfação e o engajamento já deviam estar sofrendo há tempos.

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