Nova pesquisa traz descobertas surpreendentes relacionadas ao investimento das empresas no capital humano
A palavra “investir” é comumente atrelada à dinheiro. Afinal, não é à toa que muitos líderes chegam à fase adulta ouvindo frases como “tempo é dinheiro” e “o capital move o mundo”. Entretanto, o que está por trás do investimento em talentos não se resume apenas ao fator financeiro. Na realidade, um ambiente de trabalho saudável e engajado pode ter tudo a ver com o prestígio da empresa, de acordo com uma nova pesquisa.
“O status cria um brilho caloroso que os outros desejam e sinaliza para as pessoas no mercado de trabalho – e na vida social – que você é de alta qualidade”, destaca Brayden King, um dos autores do relatório.
A nova pesquisa – desenvolvida por Brayden, da multinacional de alimentos Kellogg, Tanya Y. Tian da Universidade de Nova York e Edward B. Smith – direciona os holofotes para responder ao seguinte questionamento: por que algumas empresas oferecem vantagens como horários flexíveis, programas de bem-estar e oportunidades treinamento e desenvolvimento enquanto outras não?
O investimento em talentos
A resposta surpreende ao indicar que o status da companhia tem influência sobre o investimento em talentos. Para esta investigação, o relatório levou em conta a Fortune 500 – a lista anual composta pelas 500 maiores corporações dos EUA.
Segundo o estudo, as empresas fora da listagem priorizam mais as técnicas de investimento do que as que estão dentro. Ou seja, as empresas de status mais baixo utilizam uma política de benefícios não monetária para competir com as companhias que têm o status mais elevado.
Essa abordagem pode ajudar as empresas a ganhar destaque em um mercado competitivo e volátil, que destaca apenas os grandes nomes tradicionais.
Mas como as companhias em colocações mais baixas podem competir com as empresas prósperas que investem nos funcionários sem se preocupar com as compensações? O que elas irão perder ou sacrificar?
Na realidade, um bom exemplo dos ganhos vem do investimento na área de desenvolvimento, que pode ser benéfico para a retenção de talentos e performance da empresa, segundo a Cia de Talentos.
Os dados da pesquisa Carreira dos Sonhos, da Cia de Talentos, dão conta de que 84% dos trabalhadores que não encontram apoio no desenvolvimento têm mais chances de deixar o emprego. Com esta informação em mãos, as companhias podem lançar um plano bem estruturado para o investimento em talentos, reduzindo, portanto, a taxa de turnover.
Além do financeiro: o poder do desenvolvimento
Embora a empresa na colocação 499º possa estar próxima àquela localizada na posição 501ª, pode haver um abismo entre elas. Somente por uma estar na lista e outra não, elas passam a viver em mundos diferentes.
No entanto, os resultados mostram uma novidade: o grau de investimento nos profissionais aumentou significativamente nas companhias que estão logo abaixo do limite da lista.
Para Brayden, a investigação destaca o fenômeno por vezes escondido embaixo do tapete da grande concorrência: a pouca importância fornecida ao capital humano.
Por isso, pensar em novas maneiras de promover a atração e seleção dos melhores talentos pode ser igualmente importante para o sucesso e o employee experience, apesar de não haver o mesmo nível de atenção para isto.
Ao competir com colegas de status mais elevado, “você precisa ser capaz de dizer algo convincente aos seus funcionários em potencial”, explica Brayden.
“Dizer: ‘Ei, não vá trabalhar para uma empresa mais sofisticada – venha trabalhar para nós, porque estamos realmente comprometidos com o bem-estar de nossos funcionários, e podemos provar isso’ não vai vencer todas as batalhas , mas é mais provável que você consiga os trabalhadores de alta qualidade que deseja atrair”, finalizou.
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